A expectativa de um clima quente no Coritiba, na volta aos trabalhos após a derrota para o Ituano, ficou apenas na expectativa. Apesar da segurança reforçada pela direção alviverde, nenhum torcedor apareceu no CT da Graciosa para fazer qualquer tipo de cobrança sobre a equipe, que vem descendo a ladeira e já está na sexta colocação na Série B. Mesmo assim, os jogadores acham justo a manifestação da galera e prometem um pacto para fazer o Coxa voltar a vencer na competição.
?Essas cobranças, que estão acontecendo, são normais, até porque o grupo sabe assimilar isso e nós estamos jogando numa grande equipe?, analisa o zagueiro Índio. ?Nós, jogadores, temos que assimilar e fazer o nosso trabalho dentro de campo, até porque você não vai ver essa cobrança em time pequeno?, compara o zagueiro.
O goleiro Artur concorda com o companheiro. ?Cobrança existe a todo momento, até mesmo porque o Coritiba é um clube grande?, diz o arqueiro. Ele diz que, além da pressão dos torcedores, os jogadores também estão vendo o que está acontecendo. ?A gente vem se cobrando porque algumas rodadas atrás nós éramos os líderes e, hoje, estamos em sexto. Temos que voltar a ser aquele time que a gente estava sendo?, projeta.
Além do trabalho da semana, Índio propõe um pacto entre todos no clube para tirar o Coritiba do atoleiro. ?Eu acho que é isso que nós temos que fazer. Jogar futebol e trabalhar para que a gente possa sair dessa situação?, aponta. O atacante Edu Sales concorda com essa proposta. ?Temos o objetivo de colocar o Coxa novamente na Série A e tudo que for para ajudar é válido?, opina.
E dentro do que pode ser feito para melhorar a situação está até a presença da diretoria no CT. Como pedido por segmentos da torcida, o presidente Giovani Gionédis e outros dirigentes foram na reapresentação dos jogadores. Já a presença de torcedores para conversar direto com os atletas não aconteceu. O Alviverde até colocou alguns seguranças para garantir a tranqüilidade no centro de treinamento, mas nada que fugisse da rotina aconteceu no local.
Na internet, porém, as reclamações continuam. Agora, torcedores pedem a contratação de um diretor de futebol e que o preço dos ingressos seja reduzido para que mais gente possa ir ao Couto Pereira ajudar mais o time nos jogos que restam até o final da Segundona.
Bonamigo muda esquema e três jogadores O primeiro esboço do Coritiba para buscar a reabilitação na Série B confirmou as mudanças que o técnico Paulo Bonamigo vinha acenando. Junto com o esquema tático 4-4-2, deixam a equipe o volante Egídio, o lateral-esquerdo Ricardinho e o meia Cristian. E volta à cena o 3-5-2 com Índio na zaga, Carlão pela ala e Edu Sales no ataque.
Após a derrota para o Ituano, na sexta-feira, Bona deixou claro que precisava de jogadores com ?coragem? para encarar os desafios que tem pela frente.
O baixo rendimento de alguns jogadores também já vinha contrariando o treinador e as substituições freqüentes deixaram claro que as mudanças iriam acontecer.
No trabalho de ontem pela manhã o treinador mostrou onde está satisfeito.
Na defesa, sai o volante Egídio e entra Índio, mais experiente e da posição.
O volante, que falhou em Itu, se revezava na zaga e no meio e não vinha agradando. O mesmo aconteceu com Ricardinho, que deu lugar a Carlão. No meio, Cristian deixa o time para entrada de Caio, que abre uma vaga no ataque para Edu Sales. Tudo isso, no entanto, pode mudar. Também foi testada a possibilidade de Jéfferson atuar ao lado de Ânderson Gomes. Hoje, o grupo volta a trabalhar à tarde no CT e, amanhã, faz um coletivo no Couto Pereira.
Fora
O meia Batatinha sofreu uma contratura muscular e deverá ficar fora dos gramados por duas semanas.