Coritiba anuncia reforma no gramado do Couto Pereira

O Coritiba vai dar um período de “férias” para o Couto Pereira. O estádio fica interditado a partir de 5 de dezembro, para uma reforma completa no gramado. A previsão é que somente no campeonato brasileiro de 2005 (que começa no final de abril) o Alto da Glória seja reaberto, já com outra cara – agilizando as reformas no setor das sociais e com um ‘tapete verde’ renovado e melhorado. Com isso, a última partida do Cori dentro de casa será no dia 28 de novembro, com o Vitória.

Isto também significa que faltam apenas dois jogos para a torcida coxa acompanhar sua equipe nesta temporada – contra os baianos e, uma semana antes, com o Santos. Depois da partida de amanhã com o Botafogo, às 16h, em Caio Martins, o Cori joga duas vezes no Couto Pereira, sai para enfrentar o Flamengo no Maracanã, ‘recebe’ o Goiás e termina a participação no brasileiro jogando no Heriberto Hulse contra o Criciúma.

A partida contra o Goiás, dia 12 de novembro, ainda não tem local definido. A tendência, porém, é que o jogo aconteça na Nova Arena de Joinville – as negociações entre o Coxa e a administração do estádio estão adiantadas, e a definição pode sair ainda hoje. Caso a partida não aconteça em Santa Catarina, uma opção é o Estádio Fernando Charub Farah, em Paranaguá, inaugurado no jogo entre Paraná e Vasco, neste brasileiro.

Enquanto isso, o Couto Pereira terá o gramado totalmente trocado. O que está sendo usado será descartado, e outro tipo de grama será plantada – uma semelhante à aproveitada no Beira-Rio, em Porto Alegre. A reforma era uma das prioridades da diretoria desde o ano passado, mas o excesso de jogos do primeiro semestre impediu que ela acontecesse. Nos planos dos especialistas contratados, são necessários de três a quatro meses para que o Alto da Glória possa ser reaberto.

No tempo em que o estádio estiver fechado, será acelerado o processo de revitalização, que está mais focado na área das cadeiras. O restaurante ‘suspenso’ já está sendo projetado, e o Memorial do Coritiba (o novo museu) é o grande sonho da diretoria. A intenção é que estas duas obras estejam prontas até outubro, e para isso é fundamental o período em que o Couto Pereira estará interditado.

Durante o campeonato paranaense de 2005, a diretoria alviverde estuda duas possibilidades: a primeira é mandar os jogos no Pinheirão, revezando com o Paraná. A segunda seria a realização das partidas no interior, principalmente em Cascavel e Ponta Grossa.

“Adeus”

Vai haver uma ‘festa de despedida’ do gramado do Couto Pereira. Na véspera do fechamento do estádio, está marcado um show com Bad Religion e Pennywise, duas das principais bandas do hardcore mundial – a segunda nunca veio a Curitiba.

Um gramado moderno e campo maior

Um patrimônio do clube. O gramado que será retirado do Couto Pereira pode até ser ?aposentado?, pois sua base está ali há 45 anos, desde que o estádio ainda se chamava Belfort Duarte. Agora, será plantada uma grama mais moderna, semelhante à utilizada no Beira-Rio e no estádio da Cidadania, em Volta Redonda, que tem o melhor gramado do país.

Para plantar a grama Bermuda 419, será necessária a total limpeza da área. O Couto ficará “pelado?, com a drenagem (que será mantida, pois foi aprovada nos testes realizados durante a semana) à mostra. Depois, serão aplicados produtos que tratarão o terreno, deixando a área livre para o plantio da grama, que não pode ser misturada com outros tipos -se isso acontecer, ela não resiste.

Quando o Couto Pereira for reaberto, haverá outra novidade: a dimensão do campo será maior. O novo tamanho ainda é desconhecido, mas a intenção é aumentar o máximo possível, deixando o Alto da Glória perto do limite exigido pela Fifa para jogos internacionais. A Grasstech, empresa responsável pela reforma, e o Coritiba não informaram os valores do projeto, mas estimasse que eles cheguem a R$ 400 mil.

Estádios do interior assustam FPF

Armindo Berri

Se hoje fosse dia 15 de janeiro de janeiro de 2005, a Federação Paranaense de Futebol teria que baixar um ato suspendendo o início do campeonato estadual (previsto para começar dia 19 de janeiro). Motivo: falta de condições em todos os estádios do interior. Esta é a conclusão a que chegou a Comissão de Vistoria.

No último final de semana, ela visitou cinco estádios e nenhum foi aprovado. A comissão, presidida por Cirus Itiberê da Cunha, da FPF, vai exigir quatro itens em todos os 16 estádios, inclusive naqueles que ainda serão observados: 1) equipamentos de prevenção contra incêndios (exigência do Corpo de Bombeiros); 2) espaço reservado para a diretoria do visitante; cumprimento de todos os ítens de segurança e integridade da torcida; 4) revisão nas medidas oficiais do campo e das traves.

Fora de padrão

Em alguns lugares, o abandono é tanto que o representante dos árbitros, Nelson Orlando Lenkhuln, sequer conseguiu tirar as medidas. É o caso do Estádio Waldemiro Wagner, de Paranavaí, cujo mato chega na altura da canela. Por isso, a demarcação dos campos só será avaliada na vistoria final.

Mas o que surpreendeu Nelson foram as diferenças encontradas nas medidas das traves. Todas fora da regulamentação, principalmente na sua altura (a medida oficial é 2,44m de altura por 7,32m de largura). No Estádio Roberto Brezinski, de Campo Mourão, por exemplo, a trave é 14 centímetros mais baixa. A explicação é que o local vai recebendo colocação de terra e grama e vai “diminuindo”. Nos outros casos, a diferença é menor, mas existe. Por isso, todos os clubes receberam um manual com as medidas oficiais, levado por Lenkhuln.

A comissão recomendou as seguintes providências nos estádios visitados:

Waldemiro Wagner (Paranavaí): limpeza geral; troca do gramado (já iniciada); reforma nos vestiários, bares e banheiros; recuperação do alambrado. Albino Turbay (Cianorte): ampliação da capacidade de 3 para 5 mil pessoas; instalação de linhas telefônicas para a imprensa; construção de um vestiário para a arbitragem, separado dos atuais; ampliação dos vestiários dos atletas.

Roberto Brezinski (Adap): limpeza geral, ampliação de para 5 mil pessoas; construção de um banheiro nas cabines de imprensa; João Cavalcanti de Menezes (Engenheiro Beltrão): ampliação da capacidade dos atuais 1,5 mil para 5 mil pessoas; construção de cabines de imprensa de alvenaria; construção de muro externo; limpeza geral; interdição da rua em dia de jogo, pois o acesso dos vestiário é na via pública.

Bom Jesus da Lapa (Roma): limpeza geral; reforma nos pisos dos banheiros; reforma nos bares; reforma no alambrado; retirada dos entulhos na pista entre arquibancada e campo; reforma nos vestiários.

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