Confusão no arbitral da Segundona Paranaense

A Segundona do Campeonato Paranaense de 2008 nem começou e já está metida em confusão.
O Conselho Arbitral definiu ontem as normas da competição, mas ações judiciais ainda podem alterar o número de participantes e a idade limite dos jogadores.

Além dos oito clubes previamente classificados (Umuarama, Astrel Pitanga, Sport Campo Mourão, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Operário de Ponta Grossa, Nacional de Rolândia e Roma Apucarana), o Serrano de Prudentópolis também se fez presente no arbitral por força de liminar. A equipe tenta garantir na Justiça sua inscrição no torneio, mas para a FPF e os demais clubes, o regulamento do ano passado (também com oito competidores) não poderá ser mudado por causa do Estatuto do Torcedor.

Além da quantidade de clubes, foram aprovados todos os demais itens do regulamento anterior. A fórmula prevê que as oito equipes se enfrentam em turno e returno na 1.ª fase. As quatro melhores disputam um quadrangular final, também em dois turnos, para decidir os dois novos integrantes da elite estadual em 2009. Os ingressos custarão entre R$ 5 e R$ 20.

O item mais polêmico é a proibição da participação de atletas nascidos antes de 1.º de janeiro de 1984 data que não foi atualizada em relação ao ano passado e, estranhamente, transformou o torneio sub-23 em sub-24. A medida provocou a reação do Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Paraná, que promete entrar hoje com petição no Tribunal de Justiça Desportiva contra a restrição. ?A subdivisão por idades só existe no futebol amador ou nas Olimpíadas, nunca no futebol profissional. É o cerceamento do direito ao trabalho do atleta?, contesta o advogado do sindicato no caso, Osires Nadal. Caso não o TJD não mude a norma, a entidade sindical entrará com ação na Justiça Comum, segundo o defensor.

Se não houve mudanças, a Segundona será disputada entre 20 de abril e 29 de junho.
No arbitral, os clubes ouviram explicação do major Douglas Dabul, da Polícia Militar, e do presidente da Comissão de Vistorias da FPF, Reginaldo Cordeiro, sobre as normas a serem obedecidas para liberação dos estádios. 

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