Foram três meses de disputa, exatos 124 jogos realizados. Tudo para que chegássemos ao dia 2 de abril com os dois melhores times do futebol paranaense.
A partir das 15h40, no estádio Willie Davids, Adap e Paraná Clube iniciam a disputa pelo título estadual. É uma final inédita pela presença de uma equipe de Campo Mourão – e pode ser o primeiro passo do reerguimento definitivo do tricolor, desde 1997 sem conquistas do paranaense.
O torcedor do Paraná se acostumou mal nos primeiros anos de história do clube. Foram seis títulos estaduais em oito anos (de 1990 a 1997). Mas, de lá para cá, a fonte secou. O time acabou envolvido na crise administrativa, correu risco de rebaixamento no paranaense e também no campeonato brasileiro.
A recuperação do clube começou com uma nova mentalidade, mais centrada e com o lema "pés no chão". O Paraná voltou a fazer boas campanhas em competições nacionais, e voltou com estilo a uma decisão, chegando como o melhor time do paranaense. Destaque para o trabalho do técnico Luiz Carlos Barbieri, e de Émerson, Leonardo e principalmente Beto, o melhor jogador do campeonato.
Já a Adap ensinou às cidades do interior como se faz para recuperar o futebol local. Primeiro, não pediu ajuda à prefeitura de Campo Mourão. O clube adotou a fórmula de Ituano, São Caetano e Santo André, com filosofia empresarial. E, em campo, o técnico Gilberto Pereira montou um time de força física e muita velocidade. Fábio, Ângelo, Batista, Souza e Ivan são alguns dos destaques da Adap, que tem em Felipe Alves seu principal jogador. Eles e os paranistas são as estrelas da final, que começa hoje em Maringá e termina domingo que vem, no Pinheirão. E que vença o melhor.