Com dois expulsos, Atlético perde de virada para Azulão

No primeiro jogo fora de casa dos dois que tinha que cumprir em sequência o Atlético ficou sem nada. O projeto de chegar entre os 11 primeiros ainda na virada do turno do Campeonato Brasileiro passa por uma vitória contra o Paysandu, sábado, em Belém. Ontem, jogando no Anacleto Campanella, o Rubro-Negro foi superada pelo São Caetano por 3 a 2. Com o resultado, o time da Baixada manteve a 15.ª colocação provisoriamente na competição.

No projeto do Furacão estava conquistar mais seis pontos. Na primeira parte, passar pelo São Caetano, um concorrente direto a uma vaga na Sulamericana ou Libertadores. A segunda parte o Papão, que está em último e aparentemente é o time mais fraco da competição. De qualquer forma, ninguém estava esperando facilidades, principalmente contra o perigoso Azulão. Vindo de vitória contra o Corinthians, o time do ABC saiu com tudo para cima do Atlético.

Como já é praxe nas equipes comandadas por Levir Culpi, a forte marcação e a retranca foi o cartão de visitas para o Atlético. Com seis no meio, o São Caetano esboçou uma pressão para cima do goleiro Diego. O ex-paranista Lúcio Flávio mandou uma bola na área que quase resultou em gol. A defesa titubeou e quase deixou a pelota entrar. Fora isso, somente a pintura do gol de Triguinho. Ele pegou uma bola na intermediária, deixou os marcadores para trás e mandou no ângulo, sem chance para o arqueiro.

A reação veio rápida. O colombiano Ferreira teve duas chances preciosas, mas errou na conclusão. Mesmo assim, o time de Antônio Lopes continuou em cima e chegou ao empate e da vitória parcial através dos pés de Fabrício. Primeiro, ele lançou na área, Thiago cabeceou para cima, a zaga vacilou e a bola entrou. A virada foi outra pintura. Marcão cruzou para Fabrício, que voleou no ar a bola para a rede.

O Azulão voltou com mais força na segunda etapa e foi pressionando. As coisas ficaram mais fáceis com a expulsão de Ferreira, reincidente nos carrinhos. Com um a mais em campo, o time do ABC foi chegando até Dimba aproveitar uma bola ajeitada por Neto e mandar para a rede. A pressão continuou. Levir mandou o time para cima e Lopes tratou de recuar.

Recuou tanto que chamou o São Caetano para cima e acabou perdendo a partida. Sem referência no ataque e com o ala André Luís perdido em campo, no lugar de Finazzi, o Azulão começou a pressionar cada vez mais e o gol da vitória era questão de tempo. Acabou saindo com Claudecir, outra pintura, desta vez de bicicleta após cruzamento de Lúcio Flávio. No desespero, Lopes apostou em Schumaker, que pouco acrescentou no minutos finais.

Para Delegado, sem Ferreira Atlético desmontou

Depois de perder para o São Caetano, a delegação atleticana permanece em São Paulo, treina e já embarca para Belém no final da tarde. Para a partida contra o Paysandu, o técnico Antônio Lopes não poderá contar com Ferreira e Marcão, suspensos pelo cartão vermelho. Em compensação, ele terá as voltas de Alan Bahia e Evandro, que cumpriram a automática contra o Azulão.

Sobre a partida de ontem, o treinador do Rubro-Negro atribuiu o resultado a expulsão do meia colombiano. ?Foi determinante para o São Caetano ganhar o jogo porque o jogador estava muito bem na partida e a gente estava administrando bem a partida?, analisou o Delegado. Segundo ele, o time acabou cendendo muito campo ao adversário e sofreu pressão demais. ?Acontece. Mesmo assim tivemos chances e o Danilo perdeu um gol claro?.

Interesse

O presidente do Paulista, Luís Roberto Raymundo, revelou ontem que negocia com Vasco da Gama e Atlético o zagueiro Cristian e o meia Amaral. ?A negociação pode ser fechada em breve. Acredito que no máximo em três dias essa situação se resolva. Quem oferecer o maior valor leva os atletas?, apontou.

Tubulares custaram R$ 370 mil

A Orpec Engenharia enviou ontem uma carta à Tribuna, na qual contesta o valor atribuído à instalação das arquibancadas tubulares na Kyocera Arena.

De acordo com a empresa, o Atlético pagou exatos R$ 370 mil pelo transporte, montagem, aluguel e desmontagem das arquibancadas metálicas, encomendadas para a final da Copa Libertadores mas usadas apenas no Atletiba do Brasileirão.

Na edição de 3 de agosto, a Tribuna publicou, com base em declarações do presidente do Conselho Deliberativo

do Atlético, Mário Celso Petraglia, que o clube gastou R$ 4 milhões com aluguel e R$ 600 mil com a montagem das tubulares.

Segundo o proprietário da Orpec, Rubens Osvaldo Szezesniak, os R$ 370 mil pagos antecipadamente pelo clube, mal cobriram as despesas da obra. ?Quase tivemos prejuízo. Houve gastos enormes com horas extras e compra urgente de material?, falou o empresário, que assegurou não ter recebido nenhum dinheiro do clube além do combinado em contrato. Para comprovar o valor citado, a empresa enviou uma cópia do ?Atestado de Execução?, registrado no 4.º Tabelionato de Curitiba e datado de 10 de junho – quatro dias depois do jogo contra o São Paulo, no Beira-Rio. O documento é uma espécie de cópia reduzida do contrato, exigida pelo Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura).

Ontem, o Atlético confirmou, via assessoria de imprensa, que o valor gasto na obra foi de R$ 370 mil. (CS)

CAMPEONATO BRASILEIRO
19.ª Rodada
Local: Anacleto Campanella (São Caetano do Sul)
Árbitro: Willian Marcelo Souza Neri (RJ)
Assistentes: Carlos Henrique Alves de Lima (RJ) e Avelino Menezes Pimentel (RJ)
Gol: Triguinho aos 22, Thiago contra aos 43 e Fabrício aos 44 do 1.º tempo; Dimba aos 16 e Claudecir aos 39 do 2.º tempo
Cartão amarelo: Thiago, Gustavo, Jancarlos, Márcio Mixirica
Expulsão: Ferreira, Claudecir, Marcão
Renda: R$ 7.329,00
Público pagante: 1.047

São Caetano 3 x 2 Atlético

São Caetano
Sílvio Luís; Gustavo, Neto (Márcio Mixirica) e Thiago; Alessandro, Júlio César (Claudecir), Pingo, Lúcio Flávio e Triguinho; Márcio Richards (Canindé) e Dimba. Técnico: Levir Culpi

Atlético
Diego; Danilo, Durval e Marcus Winícius; Jancarlos, André Rocha (Ticão), Fabrício (Schumaker), Ferreira e Marcão; Lima e Finazzi (André Luís). Técnico: Antônio Lopes

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