Com 3 de Adriano Brasil avança para próxima fase

Uma mudança da água para o vinho. Assim pode ser definido o desempenho do Brasil na goleada por 4 a 1 sobre a Costa Rica, ontem à tarde, válida pela segunda rodada do grupo C da Copa América 2004. Após uma primeira etapa que funcionou como verdadeiro sonífero, capaz de curar a mais braba das insônias, a seleção melhorou na segunda etapa e conseguiu construir o resultado. Não que o desempenho tenha sido de encher os olhos, mas deu para o gasto.

Com o resultado, o Brasil somou seis pontos, lidera o grupo e foi beneficiado pelo empate entre Chile e Paraguai, 1 a 1, no complemento da rodada de ontem, em Arequipa. Apenas um empate, contra os paraguaios, adversários da próxima quarta-feira (21h45), novamente no estádio da Unsa, garante ao Brasil o primeiro do grupo.

Matador

E por incrível que possa parecer, o nome do jogo foi o atacante Adriano, que teve uma participação apagada na estréia contra o Chile e sua condição de titular duramente questionada antes da partida. O atacante da Inter de Milão chamou a responsabilidade do jogo para si e ofuscou o brilho de Luís Fabiano, “herói” da magra vitória por 1 a 0 sobre os chilenos.

Adriano começou a desencantar num dos últimos lances da etapa inicial, quando os torcedores já se preparavam para a prorrogação do sofrimento na etapa complementar. Apesar do técnico da Costa Rica, Luís Pinto, ter escalado um time com três volantes, o adversário criou muito mais que o Brasil na primeira parte do jogo. O que foi um grande presente para o treinador, que se formou técnico em um curso no Brasil, para quem garante torcer fervorosamente quando não está do outro lado.

Apesar do pífio desempenho na primeira etapa – especialmente de Alex e Mancini, o técnico Parreira não cedeu e decidiu manter o mesmo time para a etapa complementar. Acabou tendo mais sorte que juízo. Logo no início do tempo final, Juan, que não é muito dado à habilidade, fez boa jogada individual e aumentou o marcador.

Então, o improvável aconteceu. O Brasil acordou e Adriano marcou mais dois, praticamente decretando o resultado da partida. Com o resultado feito, Parreira aproveitou para fazer alguns testes. Novamente deu lugar a Diego, que deu nova movimentação ao meio-de-campo, e promoveu a estréia de Vágner Love, que apesar da movimentação não deixou sua marca de artilheiro – nos treinamentos, ele já marcou sete. Relaxado, o Brasil acabou permitindo que a Costa Rica fosse premiada pela boa atuação na primeira etapa, com um gol de Marin. Mas o resultado já estava sacramentado.

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