Chumbinho se apresenta no Alto da Glória

O apelido foi dado já na maternidade, mas a diretoria do São Paulo não gostou e tentou ?batizar? o atacante Chumbinho como Da Silva. Não teve jeito. Apesar da exigência de Juvenal Juvêncio, o jogador gosta mesmo é da forma que até sua mãe o chama e não o sobrenome mais conhecido do Brasil. ?Seria mais um Da Silva?, explica. Assim ele chegou e é assim que vai ser no Coritiba, clube em que ele espera deslanchar para parar de rodar ao gosto do São Paulo. Por enquanto, ele espera a regularização da documentação para ficar à disposição do técnico René Simões.

?Quando eu cheguei do hospital, uma colega da minha mãe me pegava no colo todo dia e falava que eu era ?pesado como chumbo? ou ?deixa eu pegar meu chumbo? e terminou sendo Chumbinho até hoje?, explicou o atacante. Por isso, ele nem quis saber da determinação do cartola do Tricolor paulista para mudar de alcunha para Da Silva.

?O presidente optou por Da Silva, mas Chumbinho é a minha identidade desde pequeno e no futebol ninguém me conhece por Da Silva e até hoje todos me chamam de Chumbinho e espero ser chamado assim pelo resto da minha vida?, avisa Marinaldo Cícero da Silva.

Assim, na visão do atacante, deixa o Da Silva para os outros. ?Da Silva têm vários e eu seria mais um no futebol. Prefiro Chumbinho mesmo porque me identifica melhor?, justifica. Nomes à parte, ele não tem nada de pesado e garante que é um jogador de velocidade e oportunista. ?Tenho um bom passe, uma boa visão de jogo, sou bastante rápido e bastante habilidoso. Vou trabalhar para, se surgir a oportunidade, entrar bem e ajudar o Coritiba a sair com as vitórias?, projeta.

Se isso acontecer, ele pode apagar a imagem de rodar por muitos clubes em poucos anos de carreira. Aos 20 anoes, ele inscreve o Coritiba como seu 10.º clube. ?Não é opção minha e sim do São Paulo e para onde eles me mandarem eu tenho de obedecer, mas vou fazer de tudo para ganhar meu espaço aqui dentro e tentar virar um dos ídolos do Coritiba?, finaliza.

Ordem é diminuir o número de lesionados

Foto: Walter Alves

Ontem foi a vez de Douglas Silva e Marlos deixarem o treino mais cedo por causa de contusão.

O Coritiba começou a atacar de frente um dos maiores problemas do time até aqui na temporada: o grande número de lesões. Por enquanto, ninguém encontrou a causa, mas a comissão técnica deverá estudar melhor o elenco e tentar minimizar a lotação no departamento médico. Antes do treino, o zagueiro Henrique, os volantes Túlio e Rodrigo Mancha e o atacante Edmílson batiam ponto no estaleiro. Durante o coletivo do Couto Pereira, foi a vez do lateral-esquerdo Douglas Silva sofrer uma entorse no tornozelo direito e do meia Marlos sentir uma dor no joelho esquerdo.

?Nós tivemos uma reunião hoje de todo o departamento de futebol e um dos temas abordados foi o número alto de contusões que a gente tem tido ao longo do ano?, revelou o técnico René Simões. Apesar de tanta gente machucada, ele acredita que o problema de Douglas e Marlos foi apenas mais uma fatalidade. ?A gente tem que aprender sobre o elenco. Ontem (terça-feira), nós fizemos um coletivo excepcional e hoje (ontem) não foi a mesma coisa.

O início foi muito bom.

O time estava trabalhando bem a bola, mas depois começamos a abrir aqueles espaços no meio?, lamentou.

Como Douglas Silva dificilmente terá condição de jogo, Fabinho deverá ser o substituto. No restante da equipe, Careca e Juninho entram nos lugares de Rodrigo Mancha e Pedro Ken, o primeiro machucado e o segundo suspenso. Hoje, o treinador comanda um trabalho pela manhã e já concentra os relacionados para a partida contra o Jacaré. Entre os listados para o banco está Muñoz, mas Caíco ainda precisará esperar um pouco mais para evitar novas lesões.

Presença

A pedido de René, cerca de oitenta crianças assistiram ao treinamento de ontem no Couto. ?Elas trazem um fluído muito bom para o campo, bom para os jogadores sentirem as crianças pedindo autógrafo e isso tudo faz muito bem?, explicou o treinador. E foi isso mesmo que aconteceu ao final dos trabalhos, com todos sendo tietados pela piazada. Até o presidente Giovani Gionédis foi abordado para dar autógrafos, mostrando muito bom humor. ?Sua mãe não vai me xingar por sujar sua camisa??, brincou o dirigente antes de deixar sua marca.

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