Chegada de Jadson custou 7 mi de euros ao São Paulo

O São Paulo não anunciou quanto investiu para repatriar o meia Jadson, que estava no Shakhtar Donetsk, mas o time ucraniano, para explicar à torcida o motivo da venda de um dos principais ídolos do clube, trouxe o valor à tona nesta segunda-feira, durante a entrevista coletiva de despedida de Jadson. De acordo com os ucranianos, o São Paulo pagou 4 milhões de euros (9 milhões de reais) e ainda cedeu 30% dos direitos econômicos do volante Wellington.

Pelas contas do Shakhtar, o negócio envolve mais de 7 milhões de euros, uma vez que os direitos econômicos de Wellington foram avaliados em 10 milhões de euros. Como comparação, o Cruzeiro queria mais que o dobro, 15 milhões de euros, para vender Montillo.

O São Paulo também não revelou quanto ganhou com a venda de Marlos para o Metalist, também da Ucrânia, mas especula-se que a negociação tenha rendido os mesmos 4 milhões de euros. Desta forma, a grosso modo, o clube paulista “trocou” Marlos por Jadson com o futebol ucraniano. De troco, deu 30% dos direitos sobre Wellington.

DESPEDIDA – Nesta segunda-feira, Jadson se despediu do Shakhtar Donetsk com uma entrevista coletiva. No clube desde 2004, ele deixa a Ucrânia com cinco títulos nacionais, duas Copa da Ucrânia e uma Copa da Uefa, título mais importante da história do futebol local. Com status de ídolo, ele ganhou da diretoria um vídeo de 20 minutos em sua homenagem, além de uma camisa com o número 272, relativo ao total de jogos que fez pela equipe.

“Esta manhã falei com o presidente (do Shakhtar, Rinat Akhmeto). Discutimos Jadson, ou seja, o papel que ele desempenhou no desenvolvimento do nosso clube. Nós dois chegaram à conclusão de que sua contribuição é realmente impagável”, disse o CEO do clube, Sergei Palkin.

Jadson, por sua vez, revelou que a esposa está no terceiro mês de gravidez do segundo filho do casal. A família acabou sendo motivo decisivo para o jogador optar por retornar ao Brasil. “Minha esposa e eu discutimos este assunto muitas vezes e decidimos que seria melhor para o nosso filho morar no Brasil, pois ele tem que ir para a escola. Aqui, ele está sozinho, ele não tem amigos. A principal razão por trás da minha transferência é a situação familiar”, explicou ele.

O jogador afirmou ainda que sonhava em jogar a Copa do Mundo de 2014 pelo Brasil, quando recebeu um pedido curioso de um jornalista, que perguntou se Jadson não poderia usar a camisa do Shakhtar para comemorar um possível título do Brasil na Copa. Apesar da excentricidade do pedido, o meia concordou.