Catástrofe assusta futebolistas paranaenses que atuam no Japão

O terremoto que atingiu o Japão ontem afetou a rotina de futebolistas paranaenses que trabalham no país. A cidade de Sendai foi parcialmente destruída, por conta de um tsunami, mas outras localidades também foram afetadas, obrigando a federação local a adiar toda a rodada de final de semana da J-League.

O meio-campista Alex, nascido em Maringá, no interior do Paraná, mas naturalizado japonês, chegou a ficar preso por mais de quatro horas em um trem bala. A delegação de seu time, o Nagoya Grampus, viajava para Sendai, onde entraria em campo pelo campeonato nacional.

De acordo com o pai do jogador, Wilson dos Santos, 75 anos, a angústia da família começou pela manhã, ao ver notícias do terremoto na televisão. Pouco depois, seus parentes foram ao desespero ao serem informados do problema na condução de Alex.

“Tentávamos ligar, mas não conseguíamos contato nem com ele e nem com pessoas da delegação que estavam por perto. Mas depois ele nos ligou, disse que ficaram desesperados e não podiam fazer nada no momento. Ficaram nas mãos de Deus e por sorte nada de grave aconteceu”, disse.

Desportistas curitibanos também levaram um susto com a tragédia. O atacante Rodrigo Pimpão, o treinador Levir Culpi, o preparador físico Rodolfo Mehl e o auxiliar técnico Luiz Matter, ambos atualmente no Cerezo Osaka, afirmaram que na cidade onde residem houve um tremor de cerca de meio minuto.

“Antes de começar o treino, quando todo o grupo estava no vestiário, sentimos uma sensação estranha e olhamos as roupas no armário balançarem. Todos levaram um grande susto. Senti uma sensação muito estranha e que nunca mais quero ter”, contou Pimpão.

Depois do susto, Pimpão chegou a utilizar o Twitter na internet para se comunicar com amigos, entre eles o atacante Kelvin, ex-companheiro de Paraná Clube. “Comigo está tudo bem, a cidade onde moro fica a 862 km da cidade mais atingida”, digitou.

O treinador Levir Culpi também comentou a situação. “Não tivemos a mínima noção do tamanho da tragédia. Só depois quando chegamos em casa é que vimos pela TV”, disse.

Quem também está no Japão é o sul-matogrossense Marquinhos Cambalhota, ex-Coritiba. Apesar de atuar em Sendai, seu empresário, José Morel, afirmou que recebeu notícias de que não houve problemas.