O Coritiba começa 2006 na segunda-feira, dia 2, com um grupo completamente diferente do que terminou a temporada. Mas dois dos jogadores mais regulares da equipe este ano podem permanecer no Alto da Glória. Os armadores Caio e Jackson estão negociando suas renovações de contrato com o Coxa, e devem estar em Curitiba no dia da reapresentação do elenco. A diretoria está confiante.
Apesar das dificuldades -principalmente com Caio -, o diretor de futebol Almir Zanchi acredita que as novidades da semana que vem serão positivas. ?Acho que os dois devem ficar no Coritiba. Pelo menos é esta a nossa expectativa?, afirma. Ele reconhece que o principal problema é o financeiro. ?Nós trabalharemos com outra realidade em 2006, e todo mundo terá que se adequar a ela?, confirma o dirigente.
O que move clube e jogadores para uma renovação é a vontade de Caio e Jackson permanecerem no Coritiba. ?O Jackson já nos falou que tem interesse em ficar?, resume Zanchi. O armador, que teve altos e baixos durante o ano, terminou como um dos destaques alviverdes, e é um jogador-chave nos planos do técnico Márcio Araújo, por sua facilidade em jogar tanto no meio-campo quanto na ala direita. Caso renove, Jackson deverá ser o ala titular do Coxa no início do Campeonato Paranaense.
Enquanto isso, Caio segue sendo o caso de renovação mais complicado. A cada dia surgem mais empecilhos, mas o desejo do jogador ficar e o fracasso de outras negociações vão abrindo o caminho para a permanência do meio-campista – os contatos do jogador com o Atlético-MG já pararam, e o interesse do Internacional não foi adiante. ?Eu tenho confiança na renovação de contrato do Caio?, afirma claramente Almir Zanchi.
Os dois jogadores, que já tiveram várias conversas com o comando do departamento de futebol, estarão no Couto Pereira na segunda, para uma reunião definitiva. ?Vamos ver com eles, e se possível vamos acertar a permanência por mais uma temporada?, confirma o diretor.
Já o caso de Reginaldo Nascimento se encaminha para um final diferente. O capitão alviverde nos últimos dois anos não respondeu aos contatos da diretoria coxa, e a proposta do Goiás – que, além de financeiramente melhor, tem o atrativo da Libertadores – pode ser o ponto final da história de oito anos de Nascimento com o Coritiba.
Zanchi anuncia quatro reforços na segunda
Está decidido. Por mais que o Coritiba alinhave contratações até o final da semana, os últimos quatro reforços para o início da temporada 2006 só serão anunciados na segunda-feira. O comando do departamento de futebol encerra as atividades formais hoje, retomando os trabalhos junto com a reapresentação do elenco. Mas é certo que dois armadores e dois atacantes vão ser apresentados junto com o restante do grupo.
Havia a expectativa do anúncio de um jogador ontem, mas o diretor de futebol Almir Zanchi acabou anunciando que ninguém virá até o final da semana. ?É melhor assim. Vamos trazer os atletas na segunda, eles passam pelos exames médicos necessários e serão anunciados no mesmo dia?, explica. Os contatos estão adiantados, mas mesmo assim nada será dito até a semana que vem. ?Não vamos dizer nada até a assinatura do contrato?, resume.
Apesar de notícias sobre possíveis contratações para ainda esta semana, Zanchi garante que isto não acontecerá. ?Eu digo para vocês (jornalistas) que não vamos anunciar nada até segunda?, reafirma. Ele, o superintendente Odivonsir Frega e o assessor da presidência José Hidalgo Neto devem interromper os trabalhos no início da tarde de hoje.
O que se sabe é que os atletas já estão praticamente acertados – um deles, inclusive, veio a Curitiba na semana passada, mas não foi apresentado por ter um problema clínico de última hora. Dois deles viriam do Nordeste. ?São dois centroavantes e dois jogadores de armação, que a gente pode chamar de meia-atacantes?, diz o dirigente.
Os nomes ventilados ontem foram, a princípio, descartados. O meia Marco Túlio, que jogou a Série B pelo Gama, foi oferecido e acabou interessando, mas o Coxa não poderia disputar com as outras propostas que ele recebeu. ?Ele tem uma oferta da Coréia e outra do Japão. Não temos como competir?, confessa o diretor de futebol. Outro armador, o gremista Bruno, não está se enquadrando na filosofia financeira do Coxa. ?Mas ainda estamos conversando?, admite Zanchi.