Cadeirantes querem prêmio em dinheiro

Os esportistas portadores de deficiência física querem ser tratados da mesma forma que são tratados os não-portadores de deficiência e por isso estão reivindicando que os vencedores da prova para cadeirantes da São Silvestre recebam premiações compatíveis com seu desempenho, em dinheiro, como nas categorias principais.

Na edição de 2007 da São Silvestre, a prova para cadeirantes contou com 131 participantes, mas os mais bem colocados na disputa receberam apenas troféus e medalhas, como ocorre em competições amadoras.

O santista Jaciel Antônio Paulino, de 34 anos, foi o vencedor neste ano. Em sua cadeira, atingiu a marca de 53 km/h na descida da Rua da Consolação. O cadeirante importou o equipamento dos Estados Unidos por cerca de R$ 20 mil e tem outros gastos com manutenção. Segundo ele, só esses custos já justificariam a premiação em dinheiro.

Jaciel, vítima de poliomielite, terceiro colocado em 2005 e vice em 2006, disse que a prova foi acompanhada por menos gente neste ano porque em 2006 atletas especiais largavam às 15 horas e a elite feminina, às 15h15. Em 2007, a largada feminina foi às 16h43, e esse intervalo de tempo deu menos atratividade à prova, que pouco apareceu para o público em geral.

Um dos argumentos da organização do evento para a mudança do horário é que às 15 horas ainda estava muito quente. Termômetros marcavam 35ºC e a temperatura estava mais amena na largada feminina.

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