Brasileirão 2013 começa com dança das cadeiras precoce

O Campeonato Brasileiro de 2013 começou deixando os treinadores com a cabeça quente. Até aqui, foram disputadas apenas cinco rodadas, mas quatro técnicos já foram demitidos: Silas, do Náutico; Muricy Ramalho, do Santos; Jorginho, do Flamengo, e Guto Ferreira, da Ponte Preta. A média de quase um treinador por rodada surpreende, se comparado a anos anteriores.

Em 2012, foram demitidos 19 técnicos ao longo de 38 rodadas – média de um comandante a cada duas rodadas. Além disso, a marca de quatro demissões só aconteceu na 10.ª rodada. Já em 2011, esta marca de quatro dispensados aconteceu na 7.ª rodada. Só que a primeira troca veio apenas na terceira rodada, quando Silas deixou o Avaí para treinar o Al-Arabi, do Catar. Demissão mesmo, somente na 5.ª rodada, quando Cuca foi mandado embora do Cruzeiro. No total, 21 treinadores foram dispensados naquela temporada.

Desta vez, a barca está afundando muito mais rápido, mesmo com o forte equilíbrio na tabela e com os clubes podendo ter quase um mês de preparação pela frente, por conta da Copa das Confederações. E são poucos aqueles que não se sentem inseguros no cargo. No futebol paranaense, não é diferente. Marquinhos Santos e Ricardo Drubscky tiveram um início de Brasileirão tumultuado e viram a batata assar. O comandante do Coritiba, mesmo com o título estadual, entrou na competição sofrendo pressão. Já o treinador do Atlético quase deixou o cargo após o empate por 2 x 2 contra o Flamengo, em Joinville. No entanto, a vitória por 4 x 3 sobre a Ponte Preta, na última rodada, o tirou do purgatório.

Porém, não é privilégio dos nossos treinadores esse clima de desconfiança. Outros “professores” também correm risco, como Enderson Moreira, do Goiás; Ney Franco, do São Paulo, e até mesmo Abel Braga, atual campeão brasileiro, do Fluminense. Ainda mais com os nomes disponíveis no mercado, casos de Mano Menezes, Dorival Júnior, Celso Roth e até Muricy Ramalho, que, apesar de ter sido demitido do Santos na 2.ª rodada, é visto com bons olhos por grande parte dos dirigentes.

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