Brasil vence Japão em Maringá

As seleções de Brasil e Japão fizeram um espetáculo à altura das grandes competições do judô mundial. Em Maringá, as estrelas das duas equipes brindaram o público de cerca de três mil pessoas, que compareceu ao Ginásio Chico Neto na manhã de ontem, com belos combates e muita emoção. No tatame, uma vitória histórica do time titular do Brasil sobre  a equipe principal do Japão por 4 a 3 (2 a 2 na série normal e 2 a 1 para o Brasil no desempate). O Brasil jamais havia vencido o Japão em competições por equipes (foram três derrotas em 1994, 1998 – na final do mundial – e 2002). Na rodada de abertura, Japão B 3 x 1 Brasil B.

"O judô brasileiro hoje é muito homogêneo. Todos os atletas são capazes de vencer judocas como os japoneses. Temos que continuar evoluindo", analisou o campeão olímpico Aurélio Miguel, que acompanhou o desafio em Maringá. "Esse resultado mostra que estamos no caminho certo", comentou o campeão mundial João Derly, que vem se saindo um especialista em japoneses.

Nos últimos três confrontos contra os nipônicos, foram três vitórias (um ippon contra Masato Uchishiba, na final do mundial 2005, e duas contra Akimoto, uma na final da Super-Copa do Mundo de Paris, por waza-ari, e uma por yuko agora). "Quando a gente entra no tatame, é para valer. Ninguém quer perder. Mostramos o que somos capazes", disse Derly.

Além da vitória de Derly sobre Hiroyuki Akimoto, o Brasil ganhou com Denílson Lourenço sobre Hiroaki Hiroaka. Daniel Hernandes, Mario Sabino e Carlos Honorato empataram seus duelos. As duas derrotas na primeira rodada da série foram de Flavio Canto (para Takashi Ono, por waza-ari) e Moacir Mendes Jr. (por yuko, para Masahiro Takamatsu). Com a série empatada em 2 a 2, os três combates que terminaram sem vencedor (Mario Sabino x Keiji Suzuki, Daniel Hernandes x Yasuyuki Muneta e Carlos Honorato x Seigo Saito) voltaram com as lutas direto no Golden Score (golpe de ouro, equivalente à morte súbita no futebol). O ponto decisivo veio com Honorato, por koka, a apenas sete segundos do Golden Score, sobre Saito, numa bela "catada de perna" que fez o japonês cair sentado.

Voltar ao topo