Brasil só empata com o Paraguai na Sub-20

Após a estrondosa goleada por 5 a 0 no Equador, na estréia no Sul-Americano Sub-20, o Brasil suou a camisa para conseguir apenas um empate em 1 a 1 com o Paraguai, ontem à noite, em Pereira, Colômbia. Não é à toa que o grupo B, do Brasil é chamado "grupo da morte". Tirando a fraca seleção equatoriana, os demais adversários da seleção -além do Paraguai, Chile e Uruguai – também prometem dar sufoco.

Diferente do que aconteceu contra o Equador, o Paraguai entrou em campo extremamente bem armado taticamente. Como os destaques na aramção na partida anterior foram os laterais Rafinha e Filipe, o técnico Cristóvan Maldonado cravou dois marcadores nos garotos, travando a principal arma de criação do Brasil.

Se defensivamente o Paraguai estava bem armado, o setor de criação era inexistente. Com isso, o primeiro tempo foi truncado, pontuado por muita marcação e poucos lances de emoção. As poucas investidas brasileiras esbarraram na boa atuação do goleiro Lopez, que salvou sua equipe em duas oportunidades.

Para a segunda etapa, a opção do técnico brasileiro Renê Weber foi mexer o posicionamento do time. Numa tacada de mestre, ele inverteu a posição dos meias, dando um nó na defesa paraguaia. Com uma maior movimentação, o Brasil conduziu o jogo para o campo ofensivo e passou a pressionar. A melhora resultou em gol aos 12 minutos, em uma jogada aérea. Rafael Sobis, pela direita, cobrou falta com maestria e o baixinho Diego Barcelos cabeceou para o fundo da rede.

Melhor em campo, o Brasil continuava ditando o ritmo de jogo quando veio o revés. Em um contra-ataque, Bogado recebeu na entrada da área e chutou um petardo, que passou por baixo das pernas de Alê antes de morrer no fundo da rede de Renan.

Satisfeitos com o empate parcial, os paraguaios recuaram para a defesa e o Brasil tentou de todos os modos furar o bloqueio. Para tentar melhor sorte, Renê Weber colocou Quirino, destaque no primeiro jogo, em campo. No entanto, de pouco adiantou. A obstinação defensiva dos paraguaios confirmou o empate com sabor de vitória. Para os brasileiros, que arriscaram mais, ficou um gostinho desagradável de derrota. Menos mal que o Brasil se manteve na liderança do grupo B, com quatro pontos. O Brasil folga na rodada de terça-feira e volta a campo na quinta-feira, às 22h30, contra o Chile.

Argentina usa destaque que saiu da reserva

Manizales – Depois de duas brilhantes atuações, o jovem Lionel Messi, de 17 anos, deve ser, hoje, titular da Argentina contra o Peru, às 22h (de Brasília), no estádio Paloalto, em Manizales, para ajudar sua seleção a garantir vaga na fase final do Sul-Americano sub-20. Messi foi o destaque das vitórias sobre Venezuela (3 a 0) e Bolívia (4 a 0), quando saiu do banco de reservas e marcou dois gols em cada confronto. Diante dos peruanos, o técnico Hugo Tocalli deve dar oportunidade na equipe principal ao atacante do Barcelona, da Espanha.

Líderes do grupo A do Sul-Americano com seis pontos, ao lado da Colômbia, os argentinos querem manter os 100% de aproveitamento, mas podem se classificar até com um empate.

Para os peruanos, o confronto é decisivo, já que estrearam com derrota por 1 a 0 contra os colombianos.

Decisão

Também pelo grupo A, em Manizales, a Bolívia faz jogo de vida ou morte diante da Venezuela, às 18h (de Brasília). Com duas derrotas em duas partidas, os bolivianos estarão eliminados se perderem novamente. O estado emocional parece ser o principal problema do elenco. Depois da goleada sofrida para a Argentina, o técnico Walter Roque deixou o estádio nervoso, sem dar entrevistas.

Os três pontos também são fundamentais para os venezuelanos, que foram derrotados pela Argentina, em sua única apresentação.

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