Brasil na 2.ª divisão na Davis

Calgary, Canadá – E o Brasil foi para a segunda divisão da Copa Davis. No quinto e decisivo jogo do confronto diante do Canadá, em Calgary, Flávio Saretta não conseguiu o ponto salvador e perdeu para Frank Dancevic por 3 a 1, parciais de 6/3 7/5, 3/6 e 7/6 (9/7). No jogo anterior, Gustavo Kuerten tinha mantido as esperanças brasileiras, com vitória sofrida sobre Simon Larose por 7/6 (7/4), 7/6 (7/4), 3/6 e 7/6 (12/10), mas agora o tênis brasileiro vai ter de amargar o complicado e nada interessante zonal americano, fora da elite mundial.

O Brasil não vivia as agruras de uma segunda divisão da Davis, desde 1996, quando o emergente Gustavo Kuerten fez Thomas Musters “correr”. No confronto realizado no hotel Transamérica em São Paulo, o tenista austríaco, então uma das estrelas do tênis mundial, fugiu do jogo irritado com as provocações da torcida e facilitou a ascensão do time brasileiro.

Depois com Guga vivendo sua melhor fase, o Brasil sempre freqüentou a elite do tênis mundial, ora ou outra disputando repescagem, mas nunca sendo tão ameaçado como agora. Ir para a zona americana significa prejuízos e queda de interesse. Os confrontos passarão a ser com países na mesma situação da América Latina. E é claro sem jogos contra os grandes como Austrália, Espanha e França, que vieram recentemente ao Brasil, a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) vai sofrer duras penas e, com ela, o tênis nacional. Na partida decisiva com o Canadá, Flávio Saretta não conseguiu impor o seu jogo de um dos 50 melhores do ranking mundial, contra um adversário acima dos 200, como Dancevic.

O brasileiro sentiu a responsabilidade, o clima da torcida, a quadra de carpete e a velocidade do jogo. Perdeu os dois primeiros sets cometendo muitos erros, mas deu esperanças de reação ao vencer a terceira série e mostrar a melhor qualidade de seu tênis no quarto set. Mas nem isso foi suficiente numa hora tão importante. Caiu no tie-break para dissabor do tênis brasileiro.

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