Brasil enfrenta a grande surpresa do Mundial

Hiroshima – A Bulgária chegou ao Mundial Masculino de Vôlei sem muita força. O time só conseguiu vaga no torneio após repescagem, eliminando Holanda, Portugal e Ucrânia. Mas vem surpreendendo até aqui. Terminou a primeira fase invicto e enfrenta o Brasil amanhã, às 2h (de Brasília), por uma das vagas na semifinais.

O último confronto entre Brasil e Bulgária em mundiais foi em 1998, também em Hiroshima, no Japão, quando o Brasil venceu por 3 sets a 1. Mas na última liga mundial, os búlgaros deram um susto nos brasileiros, ao derrotá-los na fase final, por 3 a 0, com saque e bloqueio fortes. Na ocasião, o Brasil foi campeão e o adversário terminou em quarto lugar.

?Tenho poucas lembranças da partida de 1998, mas sei que a Bulgária melhorou bastante nos últimos anos, sobretudo taticamente. O diferencial deles é a força física. É um time bom de ataque, bloqueio e saque, como mostrou na partida contra nós pela liga mundial?, diz o meio-de-rede André Heller.

Para o ponta Giba, o jogo de quarta-feira será bem diferente ao da última liga mundial. ?Quando jogamos com eles em Moscou fazia muito tempo que não os enfrentávamos. Agora estamos com eles mais vivos na memória. Sabemos que se estivermos concentrados, aquele jogo não vai se repetir?, afirma o jogador.

Um dos destaques da Bulgária é o ponta Kaziyski, de 22 anos. Ele liderava as estatísticas da competição de melhor saque até a segunda rodada da segunda fase, com incríveis 19 aces.

Para o assistente-técnico Roberley Leonaldo, o Rubinho, esse búlgaro de 2,02m e que joga no vôlei russo é um velho conhecido. ?Ele estava no mundial juvenil de 2003, no Irã?, explica o brasileiro que, na época, era assistente do então técnico da seleção juvenil, Marcos Lerbach, que agora está em Sendai observando as partidas do grupo E do Mundial a serviço da seleção brasileira.

?Naquela época a Bulgária já parecia um time adulto. Não só o Kaziyski, mas toda a equipe era muito forte?, lembra Roberley.

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