Brasil é campeão continental de natação

Rio de Janeiro – O Brasil conquistou o título sul-americano na natação, na competição encerrada ontem, em Medellín, Colômbia. Neste último dia foram mais 14 medalhas conquistadas (sete de ouro, cinco de prata e duas de bronze), totalizando 54 (29 de ouro, 18 de prata e 7 de bronze) pódios.

Com estes resultados, o Brasil superou o número de vitórias da última edição, em Maldonado-2004, quando os brasileiros conquistaram 26 medalhas de ouro, num ano olímpico e com uma equipe que ainda contava com Gustavo Borges. No Uruguai, a equipe verde-amarela conseguiu um pódio a mais: 55.

Em Medellín, os melhores índices técnicos foram de Kaio Márcio Almeida, na prova dos 200m borboleta e da chilena Kristel Kobrich, nos 400m livre. Nove recordes de campeonato foram superados, sendo oito por nadadores brasileiros.

"O mais importante é que o Brasil consolidou sua hegemonia no continente, mesmo enfrentando dificuldades como, por exemplo, nadar na altitude. Reunimos os atletas que formarão a equipe que irá ao Mundial de Xangai, em abril, que puderam treinar e competir juntos. Novos nomes como César Cielo, Guilherme Roth, Gabriella Silva, Daiene Dias se firmam na América do Sul, com títulos e medalhas", disse Ricardo Moura, supervisor-técnico da CBDA.

O domingo começou com uma das duas dobradinhas brasileiras do dia, nos 50m livre feminino, com Rebeca Gusmão e Flavia Delaroli.

A outra foi nos 100m livre masculino, com César Cielo Filho e Guilherme Roth.

"Já estava meio doente em Brasília e piorei aqui. Mesmo assim fiz o terceiro melhor tempo da minha vida nas eliminatórias (25s43), mas de manhã me sinto cansada e o tempo piorou. Mas valeu pela vitória", disse Rebeca.

Se novos nomes surgiram, outros confirmaram seu talento. Este foi o caso da experiente Fabíola Molina, que derrotou nadadoras mais jovens e se sagrou tetracampeã sul-americana dos 100m costas. "Me sinto muito bem, até porque a alma é jovem", disse a musa, de 30 anos.

A Argentina ficou em segundo lugar no quadro de medalhas, com 30 (8-12-10). Depois vieram Chile, 7 (3-2-2); Colômbia, 10 (0-3-7); Venezuela, 11 (0-2-9); Peru, 4 (0-2-2); Equador, 1 (0-1-0); Uruguai, 2 (0-0-2); e Suriname, 1 (0-0-1).

A classificação geral, por pontos, ficou assim:

1) Brasil, 552 pontos;

2) Argentina, 347;

3) Colômbia, 236;

4) Venezuela, 230;

5) Chile, 110; 6) Peru, 81;

7) Equador, 63; 8) Uruguai, 34; 9) Suriname, 10;

10) Paraguai, 3; 11) Aruba, 1.

Na divisão por sexo, o Brasil foi o melhor no masculino, com 287 pontos, seguido por Argentina e Colômbia, com 169 e 134, respectivamente; e também no feminino, com 265, à frente de Argentina (178) e Venezuela (133).

Voltar ao topo