Brasil derrota EUA e vai à final da Copa Ouro

Demorou mas o time olímpico do Brasil engrenou na Copa Ouro. Ontem à noite, a equipe dirigida pelo técnico Ricardo Gomes venceu os Estados Unidos na morte súbita, em partida disputada no estádio Orange Bowl, em Miami, e se classificou para a final da Copa de Ouro. Diego fez o gol de ouro aos 9min do primeiro tempo da prorrogação.

No tempo normal, o confronto terminou empatado em 1 a 1. Os americanos abriram o placar aos 17? através do zagueiro Bocanegra. Para tirar o Brasil do sufoco, o meia Kaká empatou aos 44?, aproveitando sobra depois de chute forte do atacante Nadson.

Dois minutos antes do gol dos EUA, o juiz Carlos Pastrei, da Guatemala, anulou um gol de Nilmar, em um lance muito polêmico, marcando impedimento. O árbitro já havia invalidado um gol do mesmo atacante, no primeiro tempo, pelo mesmo motivo.

A decisão do torneio será no domingo. E o adversário do Brasil será o vencedor do jogo entre México e Costa Rica (leia matéria ao lado). Os EUA disputam o terceiro lugar no sábado, contra o perdedor de hoje.

O Brasil sufocou os americanos durante todo o jogo, acertou a trave do goleiro Keller, um dos melhores em campo, com Kaká e Júlio Baptista, e conseguiu acabar com a invencibilidade dos EUA, que sofreu o primeiro gol depois de 607 minutos de invencibilidade.

O último gol que os americanos haviam tomado também foi do Brasil, de Adriano, na vitória do time principal por 1 a 0 na Copa das Confederações, na França.

Concorrência

O capitão Kaká sabe que o Pré-Olímpico do Chile será muito difícil, mas acredita que a seleção sub-23 tem talento suficiente para ir longe. Com a autoridade de ser o único jogador da equipe que esteve no Mundial de 2002 e de ter sido eleito o melhor jogador do Brasil no ano passado, o meia acha que o técnico Ricardo Gomes tem opções de sobra para montar um grupo muito forte para brigar pelas duas vagas olímpicas que estarão em jogo em janeiro.

“A concorrência nesta faixa etária é muito grande, porque o pessoal da sub-20 também pode ser chamado. Para se ter uma idéia basta lembrar que, dos 18 jogadores que o Ricardo trouxe para a Copa Ouro, apenas quatro estiveram no Torneio do Catar em janeiro. Isso mostra que tem jogador de sobra e que ninguém pode se acomodar achando que tem vaga garantida, o que é muito bom para a comissão técnica.” Kaká é um dos quatro que foram ao Catar – os outros são Maicon Luisão e Júlio Baptista.

Ele considera o grupo que veio para o México e Estados Unidos de muita qualidade. “Todo mundo que foi convocado está disposto a mostrar serviço para mandar um recado para a comissão técnica, do tipo ?olha, fizemos a nossa parte, agora está nas mãos de vocês levar a gente para o Pré-Olímpico?. Além de mostrar qualidade no campo, o pessoal se relacionou muito bem, o ambiente é muito legal. Isso também conta.”

Ficha Técnica

Estados Unidos: Keller; Hejduk, Bocanegra, Gibbs e Coveny; Lewis, Reyna (Monrone), Stuart e Mastroeni; McBride (Matts) e Donovan. Técnico: Bruce Arena. Brasil: Gomes; Maicon, Alex, Luisão, Adriano e Paulo Almeida (Éwerthon), Júlio Baptista, Diego e Kaká; Robinho (Carlos Alberto) e Nilmar (Nadson). Técnico: Ricardo Gomes. Gols: Bocanegra, aos 17? e Kaká, aos 44? do 2.º tempo; Diego (pênalti), aos 9? do 1.º tempo da prorrogação. Local: Orange Bowl (Miami). Árbitro: Carlos Pastrei (GUA).

México e Costa Rica lutam pela vaga na final

 

México e Costa Rica fazem hoje, às 23 horas (com ESPN Brasil), no Estádio Azteca, Cidade do México, a outra semifinal da Copa Ouro. Os mexicanos querem revanche. Ainda não se esqueceram da derrota para os costa-riquenhos pelas Eliminatórias da Concacaf para a Copa do Mundo de 2002 (2 a 1), dia 16 de junho de 2001. Naquela ocasião, foi a primeira derrota da seleção mexicana em uma Eliminatória, jogando em casa.

Para tentar segurar o adversário, o técnico Ricardo Lavolpe conta com o retorno do zagueiro Rafa Márquez, que cumpriu três jogos de suspensão por causa da expulsão contra os Estados Unidos, no Mundial do ano passado.

“Acho que essa partida será muito dura porque a Costa Rica tem mostrado um futebol um pouco melhor que o nosso”, disse o zagueiro, que recentemente se transferiu para o Barcelona. “Espero que eles não fiquem atrás, como fazem todas as equipes que jogam no Estádio Azteca.”

No lado da Costa Rica, o meio-campista Rolando Fonseca não perdeu a chance de provocar os mexicanos. “Eles (mexicanos) já não são os gigantes da Concacaf e podem ser derrotados em sua própria casa”, disse Fonseca. “O México terá de jogar muito contra nós, porque sabemos nos impor.”

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