Brasil 1 parte motivado a Nova York

Annapolis,EUA – O Brasil1 parte às 14 horas de amanhã (horário de Brasília) de Annapolis para Nova York com ânimo renovado. A sexta perna da Volvo Ocean Race é a mais curta de toda a competição, com cerca de 740 quilômetros e os brasileiros largam com duas "armas secretas".

A principal delas é uma nova vela balão, que o time acabou de receber, fabricada na Nova Zelândia. "Essa nova vela balão nos aproxima muito dos nossos adversários. Em uma determinada condição de vento, nossa vela antiga não rendia tão bem. Com essa vela nova, isso muda e com certeza seremos muito mais competitivos", avisa o bicampeão olímpico Torben Grael.

Para garantir que essa nova vela fique pronta a tempo, o neozelandês Stuart Wilson, tripulante e coordenador de velas do Brasil 1, está há três dias em Annapolis, em uma veleria, trabalhando para garantir que o repertório de velas do time brasileiro seja o mais adequado para as próximas pernas.

A outra arma do primeiro time brasileiro a participar da tradicional regata de volta ao mundo será o astral renovado. Depois de uma seqüência de contratempos, o Brasil 1 voltou ao pódio da Volvo nos Estados Unidos, ao conquistar o segundo lugar na in-port race de Baltimore. O último pódio havia ocorrido ainda em dezembro de 2005, na chegada da primeira perna, na África do Sul.

"Embora o astral a bordo seja sempre muito bom, esse resultado deu um gás muito legal. Para toda equipe, mas não só para os tripulantes. E o momento foi o ideal para isso. Um mau resultado aqui teria nos prejudicado bastante, nos deixado longe de ganhar algumas posições na classificação geral", afirma o comandante Torben Grael.

Conseqüência da conquista é a confiança dos tripulantes, que anda alta. "Esse quinto lugar (na classificação geral) não é nossa posição. Temos tudo para subir nessa classificação e temos de começar agora", diz o também bicampeão olímpico Marcelo Ferreira. "O que espero dessa perna? Ganhar, é claro! É um momento da competição que precisamos aproveitar", completa o espanhol Chuny Bermudez.

Um dos capitães de turno da tripulação e vice-campeão da última Volvo Ocean Race, Chuny espera encontrar condições mais favoráveis ao Brasil 1 até Nova York. "A previsão é de ventos fracos, bom para nós. Velejamos bem nessas condições. A saída da baía é difícil, mas será assim para todo mundo. E, lá fora, as condições não estarão assim tão melhores e os ventos não serão assim tão mais fortes", avisa o espanhol.

A etapa em Nova York será um pit-stop. Isso significa que a equipe de terra não poderá trabalhar no barco e nem mesmo comida poderá entrar. "Já preparamos o barco para uns 20 dias de velejada, mas será menos do que isso. Desta vez, vamos levar apenas comida desidratada. As duas etapas não são assim tão longas e podemos aproveitar para irmos levinhos", brinca Marcelo Ferreira, responsável pela cozinha do Brasil 1.

Após a in-port race de Baltimore, os brasileiros estão a quatro pontos da quarta posição e a 4,5 da terceira. "A diferença é pouca e se acertarmos um pouquinho mais, como fizemos na regata local, podemos subir algumas posições e pensar no pódio," finaliza Torben Grael.   

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