Uma movimentação diferente chamou a atenção ontem, na Arena da Baixada. Soldados da Polícia Militar ocuparam as arquibancadas do estádio atleticano. Parecia até uma ação de combate a um sequestro ou uma ameaça de bomba. Mas era um treinamento visando a Copa do Mundo de 2014.
Dezessete policiais do Batalhão de Operações Especiais do Distrito Federal (Bope-DF) participaram, ao longo de toda a semana, de um curso de operações táticas em ambientes verticais em Curitiba. As aulas foram ministradas pelo Comando de Operações Especiais (COE), da PM do Paraná.
Os policiais de Brasília vieram ao Paraná aprender técnicas de arrombamento, invasão, sniper (atirador de elite) e explosivos, adaptadas para ambientes verticais. O COE disponibilizou seis instrutores e toda a infra-estrutura.
Na quinta-feira, uma simulação aconteceu em um prédio abandonado na BR-277. Ontem, foram realizados exercícios de rapel na torre panorâmica da antiga Telepar, no bairro Mercês, e uma simulação com reféns na Arena, que encerrou o curso.
“Foi simulada uma situação de identificação de um terrorista. Durante a ação, ele tomou duas mulheres como reféns e o estádio foi evacuado para a ação de grupos táticos”, explica o tenente Antônio Carlos Cruz, comandante do COE.
O COE é referência no Brasil como grupo tático especializado em ações verticais. Segundo o tenente Cruz, o intercâmbio com grupos de outros estados é constante e foi reforçado com a escolha do Brasil como sede da Copa de 2014.
“Estamos nos preparando há mais de um ano, desde que Curitiba se candidatou para receber os jogos da Copa. Como Brasília também será uma das cidades-sedes, estamos desde já reforçando o treinamento e o intercâmbio entre as cidades”, conclui o comandante do COE.