Bonamigo esconde o jogo

Como esperado, o mistério vai demorar até a hora do jogo. O técnico Paulo Bonamigo confirmou que vai esperar a escalação do Atlético para depois definir como o Coritiba entrará em campo no Atletiba 316. Ao menos, o treinador confirmou o que poucos acreditavam que iria acontecer: recuperado da torção no tornozelo, o volante Roberto Brum está escalado, o que joga as dúvidas da equipe para outras posições.

Bonamigo foi extremamente precavido no caso de Roberto Brum. Mesmo ele treinando normalmente na quinta, o treinador coxa esperou o “Senador” participar de mais um trabalho para garanti-lo na partida. “Se ele está bem, tem que jogar”, justifica. O volante foi muito elogiado nos últimos dias, já que ele foi o responsável pela cobertura de Jackson quando o improvisado ala partia para o ataque.

E se Brum vai jogar, fica a expectativa da permanência de Jackson pela direita. Se o meio-campista aparentava certo desconforto com a opção do técnico, Bonamigo garante que conversou com ele e está tudo bem. “Foi isso que ele me passou”, diz. Mesmo assim, não há a confirmação, já que o técnico alviverde prefere esperar até o último momento. “Quero saber como o Atlético vai jogar”, confessa.

Uma possibilidade que o treinador abriu após o treino de ontem foi o retorno de Maurinho à equipe, passando Jackson para o meio-campo – o que obrigaria a saída de um dos três atacantes. Seria uma opção mais cautelosa, além de reformar a estrutura tática alviverde usada em quase todo o campeonato brasileiro.

Outra dúvida está na defesa. Em tese seriam duas, mas Odvan deve ficar no banco para que Danilo permaneça na equipe. Sobra então a posição de terceiro zagueiro, e a possibilidade da entrada de Willians é cada vez maior. Com o volante em campo, o Cori tem a opção de mudar de esquema tático durante a partida. “É uma possibilidade”, limita-se a dizer Bonamigo, que jura não estar tentando confundir. “Estamos apenas tentando encontrar a melhor formação para o jogo”.

Marcel entra para ser o amuleto dos clássicos

Vida de “matador” não é fácil. É preciso resolver sempre, ser o herói do time quando necessário. Marcel já viveu nesta temporada o inferno e o paraíso de ser um artilheiro – o goleador do campeonato paranaense foi sacado do time por deficiência técnica. Redimido, o atacante é a principal arma ofensiva coxa para o Atletiba de hoje.

E o grande rival viu Marcel ter o seu grande momento vestindo a camisa alviverde. No clássico válido pelo Estadual, ele marcou duas vezes, sendo o principal responsável pela vitória coxa por 2×1. “Acho que tenho estrela no Atletiba”, comenta o jogador, que participa de seu segundo jogo contra o Atlético pelo time profissional.

A motivação do centroavante é maior porque ele já é um dos artilheiros do Coritiba no Brasileiro, com quatro gols (ao lado de Lima e Tcheco). “Tenho que sempre estar buscando a artilharia, pois essa é a forma que eu tenho de ajudar o Coritiba”, afirma, confiante.

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