O lateral-direito Andrezinho e o atacante Alberto deverão ser as principais do Coritiba para a partida contra o CRB, às 20h30 de sexta-feira no Couto Pereira. Os dois estão praticamente definidos pelo técnico Paulo Bonamigo, que ainda irá fazer experiências em outros setores da equipe e até no sistema tático. A principal dúvida do treinador está em utilizar o zagueiro Batatais e colocar a equipe no 3-5-2 ou escalar Egídio e manter o 4-4-2. A definição acontece hoje no treino secreto no Alto da Glória.
Segundo informou Bona, a troca de Luís Paulo por Andrezinho é uma opção sua, após avaliação do desempenho de cada um nos jogos. Na frente, no entanto, ele optou por dar experiência para compor a dupla com Ânderson Gomes. Como Jéfferson foi dispensado e William está machucado, restavam Hugo e Alberto para fazer o papel de fixo na área. Como Alberto foi titular em alguns jogos, ganha nova oportunidade para se fixar na equipe. Assim, Bonamigo vai estudar apenas se joga no 3-5-2 ou no 4-4-2, com Batatais ou Egídio.
No trabalho de ontem, no CT da Graciosa, o treinador começou o trabalho com Egídio no lugar de Paulo Miranda, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Na segunda parte, Batatais entrou no lugar de Egídio e passou a formar uma linha de três zagueiros com Henrique e Índio. Outra opção foi a entrada de Caio no lugar de Batatais, deixando a equipe bastante ofensiva, mas é pouco provável que o treinador se arrisque assim diante dos alagoanos.
Mesmo assim, Bona deixou em aberto essas possibilidades e vai manter o mistério. O provável time para sexta-feira deverá ter Artur; Andrezinho, Henrique, Índio e Ricardinho; Egídio (Batatais), Jackson e Cristian; Ânderson Gomes e Alberto. Hoje, o trabalho secreto será realizado no Couto Pereira.
Aniversário
Na passagem dos 97 anos, amanhã, o Coritiba vai lançar mais uma camisa comemorativa, que será usada na partida de sexta-feira, contra o CRB. Através de ofício, a CBF autorizou o uso da nova vestimenta. Ao contrário de outros modelos, lançados em anos anteriores sempre no aniversário do clube, desta vez a camisa terá uma edição limitada a 500 unidades e mais o conjunto dos jogadores em campo. O novo modelo tem listras horizontais em verde claro e escuro e lembra modelos utilizados por equipes européias como Celtic, da Escócia e Sporting, de Portugal.
Adeus ao xerifão do Alto da Glória
O futebol perdeu ontem Nélson Pescuma, o ?zagueiro de cinco metros de altura?, como era conhecido por seu porte. Sofrendo de câncer, o ex-defensor de 61 anos teve um acidente vascular cerebral há 15 dias, que acabou piorando seu quadro clínico. Natural de São Paulo, o ex-jogador marcou história atuando no célebre Coritiba de 1971. Também teve grande presença no Tricolor do Morumbi, onde começou a carreira, no XV de Piracicaba e na Portuguesa de Desportos. Seu sepultamento será realizado hoje na capital paulista.
Desde 2004, quando descobriu que estava com câncer no fígado, Pescuma vinha lutando contra a doença. Tentou tratamentos mais apurados no Hospital do Câncer em São Paulo, mas acabou sofrendo um AVC. Foi operado, melhorou, mas não resistiu ao câncer e acabou morrendo ontem à tarde. Seu sepultamento será realizado em São Paulo mesmo, onde nasceu em 26 de setembro de 1945. Recentemente, em agos-to, o ex-zagueiro foi homenageado num jantar de confraternização promo-vido pelo Coritiba.
Após começar a carreira no São Paulo, o ex-zagueiro atuou no XV de Piracicaba, União Bandeirante, Coritiba, Portuguesa, Corinthians e Fluminense. Além de campeão paulista em 1973, naquele título dividido com o Santos de Pelé, Pescuma ganhou seus principais títulos no Alto da Glória. No Alviverde, foi tricampeão paranaense em 1971/1972/1973, campeão da Fita Azul em 1972 e campeão do Torneio do Povo em 1973. Ganhou também a bola de Prata da Revista Placar em 1971, como melhor zagueiro do Campeonato Brasileiro. Pai de quatro filhos e seis netos, o ex-jogador vivia em Curitiba, onde tinha uma loja de telhas.