Boa defesa garante posição do Atlético

Na fase final, que se aproxima, ter um sistema defensivo confiável é uma vantagem que o Atlético pode se vangloriar.

Em 20 partidas disputadas pelo Campeonato Paranaense, a equipe só levou 10 gols, uma média de 0,5por  jogo. Tem a defesa menos vazada dentre os atuais concorrentes e com esse retrospecto também se destaca no cenário nacional. Nesta temporada, o Atlético não levou mais de um gol por confronto.

Ter uma defesa sólida pode desequilibrar a favor do Rubro-Negro, inclusive na hora de disputar uma vaga na final da competição. Caso o clube se classifique em primeiro lugar no grupo A e por já ter a melhor campanha, o Atlético terá todas as vantagens que a fórmula de disputa pode proporcionar. Na semifinal, por exemplo, jogará por resultados iguais e se não levar gols nas duas partidas (0x0) terá carimbado passagem à final. Além desse benefício, o clube também faz o segundo jogo na Arena. Em uma eventual disputa pelo título, no entanto, o Furacão terá apenas a vantagem de decidir em casa.

Para o volante Alan Bahia, que retorna ao time titular contra o Iraty, no próximo domingo, a baixa média de gols sofridos não é mérito apenas do trio de zagueiros e dos volantes, mas do posicionamento de toda a equipe. ?Todos estão conscientes, desde o Marcelo Ramos até nossos zagueiros, que precisam se dedicar e marcar. Isso é que está fazendo a equipe forte?, analisou.

Treino

Dentre os times que compõem o famoso Trio de Ferro, o Atlético é o único que tem a semana cheia para treinar especificamente visando o Estadual. Os rivais têm compromissos pela Copa do Brasil, competição que o Furacão já disse adeus.

Assim, neste início de semana, foi dado ênfase à preparação física. Ontem, os jogadores estiveram inteiramente à disposição dos preparados físicos Walter Grassmann e Márcio Henrique que esperavam esse período para colocar o elenco para suar em busca de um melhor condicionamento. ?Realizamos trabalhos individualizados e por posições. Trabalho de força e anaeróbico para os meio-campistas e força para atacantes e zagueiros?, explicou Grassmann. Os recém-contratados Léo Medeiros e Zé Antônio, que brigam por vagas na equipe titular, também mereceram treinamento específico, pois estão em um nível abaixo dos companheiros que realizaram a pré-temporada. ?O Léo Medeiros está passando por um processo de adaptação ao nosso sistema de trabalho, o que é perfeitamente normal. Já o Zé Antônio está um pouco mais adiantado, mas passa por um trabalho de fortalecimento?, afirmou o preparador físico.

Jogadores comemoram retorno da boa fase

O ambiente está mais tranqüilo no CT do Caju. A um passo da conquista da semifinal do Paranaense, o fantasma da eliminação precoce foi exorcizado e o pensamento agora é classificar-se em primeiro lugar. ?Conseguimos reverter uma situação que não era fácil. Diminuiu um pouco a pressão. Agora temos mais tranqüilidade, mas não é por isso que vamos deixar cair o ritmo?, afirmou o goleiro Vinícius. Para ele, a semana de trabalho é ótima para aprimorar a parte física, técnica e tática. ?Passamos por dificuldades, mas com as vitórias temos tudo para classificar em primeiro lugar. Temos que ter o mesmo empenho e determinação para aprimorar ainda mais?, analisou.

Para Alan Bahia, herói da ressurreição atleticana na competição, o tempo tem que ser utilizado para a equipe encontrar um maior equilíbrio e acertar o posicionamento. ?A semana cheia serve para trabalhar e ter mais tempo de acertar a equipe. Corrigir os erros para que no domingo não se repitam, já que será mais um jogo difícil?, afirmou.

Sobre os altos e baixos vividos pelo Atlético na temporada, o volante disse que os tropeços serviram como um aprendizado para o time evoluir e para alcançar o objetivo, que é o título. ?Sabemos que num campeonato de alto nível não se pode vacilar. Cochilamos e ficamos para trás. Ainda bem que deu tempo de corrigir. Agora é manter o nível?, finalizou.

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