Blatter quer Copa no Brasil em 2014

Berlim – O presidente da Fifa, Joseph Blatter, confirmou o desejo de realizar a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, único país sul-americano a ter expressado interesse de organizá-la. O presidente da entidade explicou que as autoridades brasileiras terão agora de atender a várias exigências de um caderno de encargos para o País provar que tem condições de ser sede de um acontecimento ?tão grandioso como um mundial?. As obrigações incluem estádios modernos e investimentos nas áreas de segurança, transporte e comunicações.

Outro aspecto que favorece a candidatura brasileira é o apoio da Confederação Sul-Americana (Conmebol), segundo declarações do dirigente em entrevista coletiva realizada ontem, em Berlim. Na verdade, existe um compromisso dos demais presidentes de federações do continente para apoiar a candidatura do Brasil.

Em troca, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se compromete a não criar obstáculos para que as Eliminatórias sejam realizadas nos moldes atuais, com jogos de ida e volta entre dez seleções.

Blatter já havia se mostrado favorável à realização de uma Copa na América do Sul, continente que conquistou nove das 17 edições da competição. Se o mundial de 2014 for realizado no Brasil, o atual presidente da Fifa terá cumprido seu objetivo de universalizar a competição após a realização de um torneio na Ásia (Coréia do Sul-Japão, em 2002), na Europa (Alemanha, em 2006) e pela primeira vez na África (África do Sul, em 2010).

A América do Sul já recebeu a Copa do Mundo em três oportunidades. A primeira edição foi em 1930, no Uruguai. Vinte anos depois, a competição foi realizada no Brasil. Em ambas, o Uruguai conquistou o título. Por fim, em 1978, o organizador foi a Argentina, que ganhou seu primeiro mundial.

Na mesma entrevista, Blatter disse que é necessário reavaliar a regra de acúmulo de cartões amarelos aplicados durante a segunda fase da Copa do Mundo. Segundo a norma atual, jogadores que receberam dois cartões entre as oitavas e as semifinais acabam ficando de fora de uma possível final. Para o dirigente, deveria ser avaliada a possibilidade de serem acumulados três amarelos, sem que isso levasse à suspensão dos atletas para a decisão.

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