Basquete brasileiro deve ter novo técnico em duas semanas

Em cerca de duas semanas, o presidente da CBB, Gerasime ‘Grego’ Bozikis, promete acabar com um mistério que dura três meses e anunciar o novo técnico da seleção brasileira masculina de basquete. Desde a saída de Lula Ferreira, em setembro, depois do Pré-Olímpico de Las Vegas, o cargo está vago e o próximo ocupante deve ser europeu. Apesar de a decisão ser polêmica, já que o Brasil conta com cerca de 540 técnicos profissionais, há quem defenda a medida. ?No momento, é a melhor solução. E será temporária, apenas para tentar a classificação olímpica?, pondera Lula, que assumiu o comando do Universo (DF) esta semana.

Lula avalia que a ausência de técnico não prejudica o basquete brasileiro. ?De que adiantaria, agora, um treinador para a seleção? Estaria só acompanhando os jogadores em ação por seus times, como todo técnico de ponta está fazendo.

O espanhol Manel Comas é um dos mais cotados para o cargo, mas o presidente da CBB já negou a hipótese. É bem provável que o novo técnico – possivelmente um espanhol – tenha assistentes brasileiros e se torne consultor da seleção depois do Pré-Olímpico Mundial, de 14 a 20 de junho, na Grécia. Pode ficar mais tempo se classificar o Brasil para Pequim

Lula diz que ainda está decepcionado por não ter conseguido a vaga olímpica e atribui à imprensa – em especial ao Estado de S. Paulo, que na época do Pré-Olímpico noticiou uma crise entre o treinador e os atletas – boa parte dos problemas que enfrentou em Las Vegas. ?Foram publicadas informações que não correspondiam à realidade?, disse Lula, que estava no posto desde 2003. ?Posso ter feito um trabalho ruim, mas sempre honrei o cargo.

José Neto, que conquistou o quarto lugar com o Brasil no Mundial Sub-19 na Sérvia, em julho, também está cotado para treinador do time principal. O bom trabalho impressionou os dirigentes da CBB

O Pré-Olímpico terá 12 seleções, na luta por três vagas: Brasil, Canadá, Porto Rico, Camarões, Cabo Verde, Catar, Síria, Nova Zelândia, Grécia, Alemanha, Croácia e Eslovênia. O time masculino não vai aos Jogos desde Atlanta/1996.

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