Avião falha e seleção de vôlei sofre para voltar ao País

Cinco jogadores da seleção brasileira masculina de vôlei chegaram nesta quarta-feira ao Brasil após a conquista da Copa dos Campeões, torneio que fechou a temporada internacional na última segunda-feira, no Japão.

O levantador Bruno Rezende, os centrais Éder e Lucão, além do líbero Mário Jr. e o ponteiro Thiago Alves chegaram em voo separado da delegação porque disputaram pelo Cimed o Mundial de Clubes em Doha, no Catar, e já tinham as passagens pagas pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB).

O restante da delegação, por sua vez, sofreu com um problema no Boeing 777-200 da Air France. Após a escala em Paris, o comandante da aeronave levantou voo, mas teve de retornar após duas horas ao Aeroporto Charles de Gaulle.

A assessoria de imprensa da companhia francesa disse que foi uma “questão técnica” e que os jogadores da seleção brasileira, assim como o treinador Bernardinho e sua comissão, chegarão apenas nesta quinta-feira no Aeroporto de Guarulhos.

Sozinhos em São Paulo, restou aos jogadores do Cimed comemorarem. O levantador Bruno, eleito o melhor na sua posição na Copa dos Campeões, mostrou a medalha e falou sobre a importância de ter realizado um ano perfeito.

“Deu tudo muito certo. A gente sabe que pode crescer ainda mais. Todo mundo insiste em comparar com a geração passada, que conquistou muitos títulos, mas sabemos que temos muito ainda pela frente porque o importante é seguir trabalhando com muito empenho para honrar o legado dessa seleção”, explicou Bruno.

Os centrais Lucão e Éder também estavam contentes com a conquista. Para Éder, o torneio não foi tão difícil porque, após a instabilidade brasileira contra Cuba, na vitória por 3 sets a 2 na estreia, o time se acertou e não permitiu mais chances aos adversários. “A gente estava na frente dois sets e acabamos vacilando. Nos outros, não jogamos tão bem contra o Irã, por exemplo, mas no geral a gente apresentou um bom vôlei. Esse título veio premiar o nosso desempenho no ano”, explicou.

Já Lucão lembrou que a próxima grande meta da seleção será a disputa do Campeonato Mundial, que será no ano que vem na Itália. Por conta do alto nível de exigência do técnico Bernardinho, ele acha que ninguém está garantido na próxima convocação. “O Bernardinho nunca está 100% satisfeito, né? Então a gente tem de continuar evoluindo para cada vez subir mais de nível na Seleção. A vida é feita de possibilidade e a gente tem de chegar e agarrar”, acrescentou.

Na temporada de 2009, a seleção brasileira masculina ganhou as três competições que disputou: a Liga Mundial, o Sul-Americano e agora a Copa dos Campeões.