Raça rubro-negra

Autuori: Furacão não tem que pensar em dar espetáculo

O Atlético segue em busca de uma vaga na fase de grupos da Libertadores. Foto: Hugo Harada

Se o futebol não foi dos melhores, o Atlético mostrou muita disposição para conseguir, nos pênaltis, a classificação para a terceira fase da Libertadores diante do Millonarios, na noite de quarta-feira (8), em Bogotá, na Colômbia. O técnico Paulo Autuori ressaltou o espírito de luta do Furacão diante dos colombianos e garantiu que esse é o clima da competição.

“Uma equipe que quer ir longe na Libertadores tem que saber sofrer e tem que saber se sacrificar. A equipe soube sofrer e soube se sacrificar. Aqueles que já ganharam a Libertadores sabem que se ganha a Libertadores assim, com jogos desta natureza. Esperávamos esta dificuldade, mas não esperávamos sofrer o gol. Satisfeito, parabéns aos jogadores”, explicou o treinador do Furacão.

Autuori ressaltou também as dificuldades encontradas pelo Atlético diante do Millonarios, principalmente com a altitude de Bogotá (2.640 metros), depois de somente 26 dias de trabalho de pré-temporada no Furacão. “Temos 26 dias de trabalho, é muito pouco tempo para você entrar em uma eliminatória com um grau de dificuldade tão grande jogando aqui em Bogotá. Equipes que jogam na altitude invertem muito a bola e forçam o balanço do adversário, e isso aconteceu principalmente na segunda etapa”, acrescentou.

Vai ser melhor

O Furacão aguarda agora o adversário da terceira fase da Libertadores da América, que sairá do duelo entre Universitário, do Peru, e Deportivo Capiatá, do Paraguai, que se enfrentam nesta quinta-feira (9). No primeiro confronto, os peruanos venceram fora de casa por 3×1 e encaminharam a classificação. O treinador atleticano, porém, garantiu que, independentemente do adversário, o Atlético sai desta disputa contra o Millonarios mais fortalecido.

“Vamos ter mais tempo, vamos ter outros jogos nas costas, e a equipe vai desenvolver com muito mais tranquilidade seu jogo. O mais importante é, com a experiência que alguns jogadores têm, de passar por momentos como estes. Nós temos 26 dias de trabalho e aqui, na América do Sul, você já tem que disputar uma final. Sairemos daqui muito mais fortalecidos. Teremos poucos dias para trabalhar. O próximo jogo vai ser com grau de dificuldade alto. E entre os dois jogos, tem um Atletiba. É trabalhar, não se lamentar. Alguns jogos, vamos jogar melhor. Em outros não. Faz parte, vamos buscar melhorar”, arrematou Autuori.