Mais dívidas

Um ano após reabertura, Arena ainda gera problemas ao Atlético

Além da dívida dos financiamentos realizados junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) via Fomento Paraná para a viabilização da reforma e ampliação da Arena da Baixada, a CAP S/A – sociedade de propósito específico criada para gerir as obras do estádio – ainda sofre com a cobrança de fornecedores e empreiteiras que trabalharam nas obras do estádio e ainda não receberam. Este é o caso da empresa A.A. Camargo, que ainda tem R$ 190 mil para receber pelos serviços elétricos prestados na reforma do Joaquim Américo.

André Camargo, um dos proprietários da empresa, localizada em Caxias do Sul, entrou em contato com o Paraná Online e contou o drama que vive pelos danos causados pela falta de pagamento do clube com os serviços prestados na reforma do estádio atleticano. “Eles não pagam de jeito e a cada dia inventam uma história. A última nota não recebida é de R$ 190 mil e agora eles falaram que fizeram uma auditoria e querem me pagar R$ 85 mil. Mas nem isso eles pagam”, contou.

Camargo informou ainda que entrou na Justiça contra a CAP S/A no ano passado para receber os valores devidos e, depois de uma conversa do advogado da empresa com representantes do clube, a ação foi retirada com a promessa que a dívida seria quitada. “A ação foi retirada depois que eles demonstraram interesse em acertar esse valor, mas eles não seguiram com o acordo e agora não demonstram o mínimo interesse em nos pagar”, acrescentou o proprietário da A.A. Camargo.

Problemas

Ao todo, 110 funcionários da empresa trabalharam na Arena da Baixada até um dia antes da Fifa tomar posse do estádio para a realização das quatro partidas da Copa do Mundo. A dívida fez com que a empresa A.A. Camargo fizesse seguidos empréstimos bancários para realizar o acerto com os funcionários que prestaram serviço no estádio atleticano.
“Eu tive que fazer empréstimo bancário para cobrir o acerto com meus funcionários. Fui até ameaçado de morte por alguns deles. Fiz um empréstimo de R$ 60 mil que hoje, por causa dos juros, já está em R$ 110 mil. Virou uma bola de neve e tem funcionário que ainda não recebeu. Além disso temos despesas com advogados para cuidar do caso, sem contar os custos com as viagens de Caxias do Sul até Curitiba”, frisou Camargo.

Tem mais

Outra empresa que fez a locação de guindastes para as obras da Arena da Baixada também entrou na Justiça para cobrar os R$ 100 mil devido pela CAP S/A. “O clube pediu metade de desconto e que fosse parcelado em dez vezes.

Mas nem isso eles conseguiram cumprir”, disse o proprietário, que não quis se identificar. E tem mais: em dezembro, o clube terá que pagar R$ 30 milhões à Fomento Paraná devido ao empréstimo tomado em 2012 para o início das obras. Além disso, a Prefeitura de Curitiba cobra R$ 17 milhões referentes ao pagamento das desapropriações dos imóveis do entorno do Joaquim Américo.

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