“Vamos correr, vamos suar, se não o bicho vai pegar”. Foi com este grito que o Atlético foi recepcionado pela torcida na Arena da Baixada, ontem de manhã, antes mesmo de a bola rolar para o duelo contra a Ponte Preta. Mal sabia o torcedor o que a partida contra a Macaca reservava. O time atleticano, apesar do bom primeiro tempo, sucumbiu nos seus próprios erros, amargou sua quarta derrota seguida no Campeonato Brasileiro e desencadeou de vez a crise no clube.
Diante da Ponte, o Atlético começou bem a partida e, mesmo empurrado pelo torcedor, o Furacão sofreu o primeiro gol logo aos 14 minutos de jogo. Imediatamente a torcida atleticana cobrou raça dos jogadores. O empate não demorou a sair e, apesar da igualdade na etapa inicial, o público presente reconheceu a boa atuação da equipe rubro-negra, que deixou o gramado para o intervalo aplaudida.
Na etapa final, bastaram 18 minutos e a Ponte Preta fazer o segundo gol para os aplausos serem trocados por vaias e mais cobranças. Em desvantagem, o time atleticano se enervou em campo e pouco produziu. Para piorar, as alterações promovidas pelo técnico Milton Mendes, além de causarem irritação nas arquibancadas, não surtiram nenhum efeito dentro de campo.
“Sem vergonha”
Ao final do jogo, o time atleticano, que já chegou a lutar pela liderança e pelo G4 da competição nacional, terminou a partida sendo chamado de “time sem vergonha” pelo torcedor rubro-negro. O então técnico Milton Mendes, irritado durante toda a partida e, mesmo abatido com mais um duelo sem vencer do Furacão no Campeonato Brasileiro, reuniu, sob vaias, o elenco no centro do gramado da Arena da Baixada como de costume. Nem isso e a aparente união do time acalmaram os ânimos do torcedor. Do centro do gramado até o vestiário, todo o grupo do Furacão deixou o campo de jogo sob os gritos de “vergonha”, provando que, a partir de agora, além da crise técnica que a equipe passa em campo, terá que saber lidar também com as cobranças mais fortes vindo de fora das quatro linhas.
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