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Renovações complicam e Atlético corre contra o tempo para manter alguns destaques

Situação de André Lima é uma das mais complicadas. Atacante tem salário alto e seria reserva de Grafite. Foto: Antonio More

Enquanto segue firme no mercado em busca de reforços para 2017, o Atlético vai encontrando dificuldades em outro setor. Se de um lado as chegadas de Grafite, Jonathan e Felipe Gedoz estão agradando o torcedor e fortalecendo o elenco, por outro, o Furacão ainda não conseguiu renovar os contratos de jogadores que se destacaram em 2016 e têm contrato encerrando neste sábado (31), casos do lateral-direito Léo, dos zagueiros Paulo André e Thiago Heleno e do atacante André Lima.

Os quatro foram titulares na temporada e se firmaram com o técnico Paulo Autuori, principalmente a dupla de zaga, que comandou a melhor defesa do Campeonato Brasileiro, ao lado do Palmeiras. Mas as situações são bem diferentes.

Paulo André e André Lima têm condições favoráveis, uma vez que não têm vínculo com nenhum outro clube e dependem apenas de negociações diretas com o Rubro-Negro a respeito de salários e outros detalhes. O caso do camisa 13 é até mais simples. As duas partes estão conversando frequentemente e a negociação está em andamento, com a tendência de que Paulo André renove por mais um ano.

Já André Lima é um pouco mais complicado. O camisa 99 foi o artilheiro do Atlético em 2016, com 14 gols marcados, e quer uma valorização. Já o Furacão tenta um novo acordo, com gastos inferiores, uma vez que Grafite foi contratado, em princípio, para ser titular e com um dos maiores salários do elenco. Além disso, com o salário pago a André, o clube pode buscar até outras opções para outras posições e contratar um atacante mais barato para ser reserva.

Ao mesmo tempo, as tratativas com Léo e Thiago Heleno são dificultadas pelo fato de eles pertencerem a outros times, principalmente o zagueiro. O camisa 44 já manifestou a vontade de seguir no Rubro-Negro e já conversou com a diretoria a respeito disso. Porém, ele pertence ao Deportivo Maldonado, do Uruguai, que não aceita mais emprestá-lo e quer apenas vendê-lo em definitivo. O alto valor, cerca de 10 milhões de reais, está sendo o entrave principal para a permanência do General.

Léo tem contrato com o Flamengo, mas pode acabar seguindo na Arena da Baixada em 2017. Os dois clubes tentam um acordo de empréstimo, uma vez que o meia Marcos Guilherme interessa à equipe carioca. A parte complicada do acerto fica por conta de o Furacão querer também o meia Ederson no negócio. Se o Flamengo não aceitar, ou a negociação travar, o lateral-direito, mesmo com o interesse de todas as partes, pode ir embora.