Na bronca

Pressão, vaias e cobranças. Time alternativo do Atlético sofre no Paranaense

Atlético encontrou dificuldades contra o Cianorte. Time mais uma vez pouco criou. Foto: Antonio More

As vaias dos pouco mais de nove mil torcedores do Atlético que compareceram à Arena da Baixada sábado (25) e acompanharam o empate em 1×1 diante do Cianorte exemplifica bem a fase do Furacão no Campeonato Paranaense. Quem entrou em campo mais uma vez foi o time alternativo. E mais uma vez não foi bem. Enfrentou o bom time do Leão do Vale e teve dificuldades para conseguir o resultado de igualdade. Com isso, a equipe atleticana, faltando uma rodada para o final da primeira fase, ainda tem a sua classificação ameaçada no Estadual e seu último jogo será contra o Paraná Clube, líder do certame, na Vila Capanema, nesta quarta-feira (29).

Quem comandou o Atlético neste duelo foi Bruno Pivetti, já que Paulo Autuori, expulso diante do J. Malucelli, cumpriu suspensão. Após a partida, o auxiliar-técnico do Furacão colocou em xeque o comportamento do torcedor, que viu mais uma vez o Rubro-Negro ter uma péssima apresentação no Estadual. Para ele, isso faz parte do processo de maturação dos jogadores mais jovens e vem de encontro ao planejamento do clube de olhar para as categorias de base.

“Poucos são os clubes que olham para formação e temos que olhar para a base. Para a gente poder olhar para a base, tem que expor os jogadores em cenários competitivos e de alta intensidade. Faz parte do processo de aprendizado. Lidamos com jogadores jovens e que oscilam em termos de rendimento. Estamos expondo contra equipes que tem jogadores tarimbados para que eles fiquem mais calejados e, aí sim, possam compor o banco da equipe que joga a Libertadores”, explicou Pivetti.

A bronca do torcedor, independentemente da equipe que estava em campo, não foi a toa. O primeiro tempo foi todo dominado pelo Cianorte. As melhores chances foram do Leão do Vale, que desperdiçou pelo menos três oportunidades de abrir o marcador ainda no primeiro tempo.

A disposição da partida não mudou no segundo tempo. Como era esperado, o Atlético, pressionado e com o risco de não conseguir a classificação para as quartas de final, adotou uma postura mais ofensiva. Mas quem marcou foi o Cianorte. Logo aos 2 minutos, Vinicius lançou e Xavier, aproveitando o buraco na defesa atleticana, tocou na saída de Santos e fez o primeiro.

O gol era tudo o que Cianorte queria para se postar atrás e explorar os contra-ataque. Isso se não fosse a péssima jornada do lateral David Luis. Primeiro, o defensor, em um lance bizarro, marcou gol contra aos 18 minutos. Depois, cometeu penalidade no zagueiro Cléberson. Matheus Anjos cobrou muito mal e o goleiro João Gabriel garantiu a igualdade na Arena da Baixada.

O resultado leva o time atleticano pressionado para o clássico contra o Paraná. Desta vez, estarão em campo os jogadores considerados titulares para evitarem o mico de uma possível eliminação na primeira fase do Estadual.

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