Opinião da Tribuna

Por que os reservas do Atlético não aproveitam as chances?

Não foi a primeira vez que vimos o Atlético com seu time reserva (ou “alternativo”, como geralmente se diz) jogando mal. Não foi a primeira vez que vimos jogadores de potencial, alguns deles com passagens brilhantes pela base rubro-negra, jogando pouco ou quase nada. Não foi a primeira vez que a sensação de quem vê de fora é de um time desinteressado.

E por que isso?

O Atlético dá aos seus jogadores jovens uma estrutura quase única no futebol brasileiro. Lembro de uma conversa com Marcelo Vilhena, que faz parte do departamento de futebol do clube. Ele me disse que o que estava sendo feito no CT do Caju era fora da realidade do futebol brasileiro. E muito do que se sabe realmente é, uma preparação mais científica do que apenas “palpiteira”.

Mesmo assim, a gente vê Bruno Mota e Crysan, para dar os dois melhores exemplos, não aproveitando nenhuma chance que os técnicos lhes dão – esse ano já foram dois, Cristóvão Borges e Paulo Autuori. Sem contar Marco Damasceno, que parece não terconseguido ainda perceber que para jogar futebol profissional é preciso ser atleta.

Aí vemos também Ewandro, Hernani, Santos e tantos outros usados recentemente, e eles também ficaram devendo. O que deixa o torcedor intrigado – será que aquele grupo reforçado é tão reforçado assim? Será que quando jogadores decisivos como Weverton, Otávio, Vinícius, Eduardo, Nikão e Walter não puderem jogar, o time vai tercondições de reposição?

Há quem diga que nenhum time que perca, como no caso acima, seis titulares, vai conseguir manter o ritmo. Mas começamos este 2016 pensando que o Atlético tinha um time forte, um banco com ótimas opções e ainda a garotada da base para complementar o grupo. Essa impressão de janeiro não chegou tão forte ao final de março.