Macgyver a 'Cebolinha'

Por onde passou Milton Mendes foi ganhando vários apelidos

Quando o assunto são os apelidos do técnico rubro-negro, Roberto Costa lembra que no Vasco ele ainda não tinha nenhum, mas a semelhança com um personagem era gritante. “Ele parecia muito o Pinduca. Magrinho, carinha fina, mas tinha muita disposição”.

Após sair do clube carioca, Milton Mendes foi para Portugal, onde fez a maior parte da sua carreira, jogando em oito equipes até encerrar a carreira como jogador no ano 2000. Na Europa surgiu outro apelido, “MacGyver”, pela semelhança do cabelo com o famoso personagem da série de ação dos anos 80.

A carreira de treinador também começou em Portugal, no Machico. Com cursos feitos na Uefa, o atual comandante rubro-negro passou pelo futebol do Catar entre 2008 e 2013. Lá teve um desentendimento justamente com o seu primeiro treinador no Vasco, Edu Antunes, irmão de Zico.

“Eu não quero falar sobre esse personagem. Ele causou um aborrecimento muito grande a mim e ao Zico quando estávamos no Catar (em 2013)”, disse, sem querer revelar o motivo do rancor. “Ele sabe”, resumiu.

Em 2014 desembarcou no Brasil para treinar o Paraná. No mesmo ano foi para Ferroviária, onde conseguiu o acesso no Paulista e a liderança do Brasileiro pelo Atlético, onde conseguiu um novo apelido.

“Ele gosta de botar apelido em todo mundo, então botamos nele também. É Cebolinha e trata a gente como filhos dele”, contou o zagueiro Kadu, mostrando mais um lado do treinador.

Sem subir à cabeça

A campanha surpreendente do Atlético neste início de Campeonato Brasileiro, com cinco vitórias em seis jogos e a liderança, tem atraído os holofotes. E, diante da atenção gerada, os jogadores atleticanos têm tentado conter a empolgação, seguindo o discurso do treinador Milton Mendes, que vem, repetidamente, destacado a abordagem ‘jogo a jogo’ adotada pela comissão técnica, sem projetar a sequência da tabela ou a posição da equipe no campeonato.

Opinião

Destaque do time até aqui, o meia Nikão saiu em defesa dessa filosofia rubro-negra. “Estamos bem, sabemos do nosso potencial e sabemos o quanto foi difícil chegar até aqui. É um campeonato complicado e sabemos da responsabilidade de estar liderando, mas temos que ter os pés no chão, porque não conquistamos nada ainda e tem muito chão pela frente”, destacou.

O lateral-direito Eduardo acredita no sucesso da equipe rubro-negra na sequência da temporada, apesar de afastar o possível clima de oba-oba. “Se continuarmos dessa forma, com os pés no chão, humildade e respeito aos adversários, com certeza podemos chegar muito longe. Temos capacidade para isso. Não vamos deixar essa liderança subir à cabeça”, afirmou.

Forças (não) ocultas! Leia mais sobre o Atlético na coluna do Mafuz!