Haja coração!

Atlético mostra equilíbrio emocional na conquista da semifinal da Sul-Americana

Elenco festejou a sonhada classificação. Foto: Albari Rosa

Foi uma noite daquelas emocionantes. Sem jogar bem, o Atlético foi derrotado pelo Bahia por 1×0 no jogo da volta das quartas de final da Copa Sul-Americana. Mas, com a pressão da Arena da Baixada, a classificação para a semifinal veio com a vitória nos pênaltis por 4×1. Santos foi o destaque da série de cobranças, pegando o chute de Vinicius, e o Furacão segue com a sua obsessão continental. E vai encarar outro adversário brasileiro, desta vez o Fluminense, com a primeira partida já na quarta-feira, no campo rubro-negro. A volta será no dia 28 de novembro, no Maracanã.

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Com a Arena tendo seu melhor ambiente em toda a temporada, o Atlético prometia desde o final do jogo de ida que não repousaria na vantagem. O exemplo do Grêmio, eliminado na terça na Libertadores após ter vencido por 1×0 fora, estava vivo na memória. E até por isso o técnico Tiago Nunes não mudou o time. Wellington seguiu no meio-campo, mesmo atuando em casa. E havia a orientação expressa de que era preciso ter toda a atenção possível com o Bahia.

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Mas parecia que a atenção tinha ficado no vestiário da Baixada. Errando muitos passes, trocando bolas perigosíssimas na defesa e sem força ofensiva, o Furacão não conseguiu pressionar. Era marcado pelos baianos desde a saída de bola, que mesmo assim foi repetida várias vezes durante todo o jogo. Era uma postura de quem queria cozinhar o resultado, mesmo sabendo dos riscos que poderia correr. E ficava evidente que quando o Rubro-Negro queria jogar, era possível chegar ao gol. A melhor chance do primeiro tempo tinha sido dos donos da casa, quando Pablo arrancou sozinho pela direita e rolou para Marcelo, que dominou e chutou em cima de Lucas Fonseca.

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O Bahia, tenso como o Atlético, também não criava muito. Mas precisou de apenas um lance para abrir o placar. Já eram 47 minutos da etapa inicial quando Nilton ganhou de três rubro-negros na área e chutou mascado. Douglas Grolli, livre, deu um toquinho na bola e venceu Santos, que ficou batido no lance. O gol dos visitantes aumentou ainda mais a tensão na Arena. E só foi crescendo a cada minuto do segundo tempo, virando desespero quando os defensores trocavam passes e irritação quando o time não saía com velocidade.

Pressa o Furacão tinha, mas não a velocidade e a intensidade tão pedidas por Tiago Nunes à beira do campo. Era uma equipe nervosa, que precisava colocar a cabeça no lugar. Foi quando o treinador decidiu tirar Wellington e colocar Bruno Guimarães. O normal, até pelo desgaste da partida, seria a saída de Lucho González, mas o gringo era importante dentro de campo. E ele percebeu isso, fazendo partir dele e de Bruno a melhora atleticana. Só que era insuficiente para o empate sair, mesmo com as entradas de Bergson e Rony.

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E aí o que parecia algo remoto antes da partida aconteceu. Decisão por pênaltis. Era a hora da torcida pressionar e dos líderes do elenco do Atlético chamarem a responsabilidade. As duas coisas aconteceram. Tiago Nunes mandou Jonathan e Lucho para as cobranças, e ainda parecia preparar Paulo André caso fosse necessário. E a torcida correu de um canto a outro do estádio para atazanar a vida de Douglas Friedrich. O “fator Arena” voltou.

O primeiro a sentir foi Vinicius, que atuou no Furacão, mas saiu em forte litígio com a diretoria. Bateu para a defesa de Santos, que se agigantou para virar um dos heróis da classificação. Depois, Zé Rafael, outro que conhece a fundo a Baixada. Ele bateu mal, por cima. Era a classificação vindo. E Pablo, o melhor do Rubro-Negro nos 90 minutos, converteu a cobrança decisiva. Atlético classificado, com todo o sofrimento que um jogo de mata-mata permite. E agora o desafio é o Fluminense.

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