Tá em todas

Gustavo é o único jogador a participar de todas as partidas da temporada

No entra-e-sai de jogadores que foi o Atlético, principalmente até a chegada de Milton Mendes ao clube, apenas dois jogadores se mantiveram firmes como titular. Depois, com MM no comando, Weverton e Gustavo se afirmaram ainda mais. Mas se o goleiro, hoje o grande ídolo da torcida, já ficou fora por suspensão, o camisa 3 é o único jogador a estar relacionado em todos os 35 jogos (incluindo o desta noite contra o Corinthians) que a equipe principal fez em 2015. Discreto como sempre foi na carreira, o jogador de 33 anos confirma ser um dos principais nomes do Furacão.

Gustavo chegou à Baixada na esteira de Claudinei Oliveira. O treinador saiu do Paraná para o Atlético e tentou levar seus dois jogadores de confiança. Um deles não foi, Lúcio Flávio. O outro foi, Gustavo. Ele foi contratado, anunciado, liberado pela CBF e imediatamente entrou em campo. Passou a liderar uma zaga que sofria com a instabilidade – tão grande que gerava erros simples, que levavam a torcida ao desespero.

Da mesma forma que nunca foi ídolo na Vila, o zagueiro foi se firmando no campo como um jogador importante e dentro do grupo como uma das lideranças do elenco. Experiência nova na carreira, ele passou a ser o mais velho de uma turma de garotos com muito potencial – inclusive seus companheiros de defesa.

Esse perfil se reforçou com o passar do tempo, mas sofreu um baque com a queda de rendimento dele, e também do time no início do ano. Gustavo estava em campo quando o Atlético foi para o Torneio da Morte no Paranaense e foi eliminado na Copa do Brasil. “Você não pode tirar uma conclusão de um Estadual”, disse, em entrevista ao SporTV.

Muito trabalho e transpiração

A mudança do Atlético foi profunda, mesmo sem fazer grandes alterações no elenco. Fisicamente o grupo também dava mostras de evolução. Após a desgastante vitória sobre o Atlético-MG no Brasileirão, Gustavo estava esgotado, mas via no gramado o resultado de muito trabalho. “A gente está estudando muito os adversários, está trabalhando demais”, resumiu o camisa 3.

Entre os primeiros

Apesar de não estar mais na liderança (nem no G4), o Atlético segue na parte de cima da tabela, bem diferente do sofrimento do início do ano. Gustavo subiu junto com o time e seu principal momento no campeonato foi o gol que abriu a vitória sobre o São Paulo. Na comemoração, a união entre a euforia e a redenção do jogador que mais entrou em campo pelo Furacão em 2015.

Ele aposta em uma competição equilibrada até o final. “Vai vencer quem errar menos, os jogos são competitivos, a intensidade está grande. Este ano não podemos apontar um favorito. Contra as equipes que entraram com favoritismo, tem exemplos de jogos que você pode acabar vencendo. Só depende de encarar cada jogo como final”, diz.

Aposta

E, integrado ao Atlético, Gustavo aposta em um final feliz para 2015. “Estamos na décima rodada brigando nas primeiras colocações. Cada jogo é uma final, mesmo com a desconfiança de todos, temos nosso pensamento. O objetivo é fazer de cada jogo uma história e nos final contar uma história bonita, quem sabe conseguindo vaga na Libertadores”, finaliza.

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