O goleiro Santos, do Atlético, será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) a partir das 14h30 desta quinta-feira (24), por conta do uso de celular no gramado, antes da partida contra o Atlético-MG, válida pela quinta rodada do Brasileirão.
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De acordo com nota do STJD, divulgada no início da semana, o clube não pediu autorização da CBF para a realização da campanha de marketing. “O clube responderá ao artigo 191, inciso I do CBJD por deixar de cumprir obrigação legal e o goleiro ao artigo 258 do CBJD por conduta contrária à disciplina e ética. Atlético/PR pode ser multado em até R$ 100 mil e o goleiro suspenso por um a seis jogos“, destaca parte da nota do STJD.
Caso seja punido pela Quinta Comissão Disciplinar, Santos ficaria em tese fora do clássico de domingo (27) contra o Paraná Clube, às 11h, na Vila Capanema. Mas, se o goleiro pegar uma pena de dois ou mais jogos, os advogados do Furacão terão um dia para pedir o efeito suspensivo, o que o deixaria livre de punição até o julgamento pelo pleno do tribunal.
A ida do caso à justiça desportiva surpreendeu a diretoria do Atlético. Quando do anúncio de que o fato de Santos usar o celular era uma campanha publicitária ligada ao Maio Amarelo, o vice-presidente do clube, Márcio Lara, chegou a afirmar que nada aconteceria porque era uma “campanha educativa”. “Não foi pedido autorização justamente para que essa campanha tivesse um resultado efetivo. Mas como entendemos que isso não causou nenhum tipo de problema a nível esportivo, até porque foi feito antes de a bola rolar, não pedimos autorização. Como era uma campanha de conscientização, acreditamos que não precisaria autorização”, afirmou o cartola.
Segundo Lara, o importante era que o Furacão estava na vanguarda. “O Atlético é conhecido como o clube que quebra paradigmas. Então, foi escolhido para se engajar nessa campanha, demonstrando toda a coragem. Logicamente, tudo foi planejado”, disse.
O fato também acabou “espirrando” para o árbitro do duelo, Luiz Flávio de Oliveira, por conta da omissão e falta de fiscalização, além de não ter relatado isso na súmula. O árbitro pode pegar de 15 a 120 dias de suspensão.
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Pra fechar, os dois clubes também podem ser punidos por conta do atraso na volta do intervalo. O Furacão demorou dois minutos a mais do acordado no retorno ao gramado, enquanto o Galo atrasou um minuto. O Rubro-Negro pode receber R$ 2 mil de multa, enquanto o Alvinegro pode ter que pagar R$ 1 mil.