O Club Deportivo Capiatá, adversário do Atlético na Libertadores, chega como franco atirador de olho da competição internacional. É um time emergente do Paraguai, com apenas oito anos de existência e que teve uma ascensão meteórica nas últimas temporadas. Apesar de novato no cenário sul-americano, a equipe auriazul é exemplo pela sua organização fora de campo. E reflete nos bons resultados obtidos dentro das quatro linhas nos últimos anos.
Fundado 2008, o Deportivo Capiatá, chegou à elite do futebol paraguaio cinco anos depois. E em 2014 conquistou o direto de disputar a Copa Sul-Americana. Conseguiu chegar nas oitavas de final do torneio internacional e atingiu um feito que poucos clubes conseguiram. Vencer o Boca Juniors na Bombonera por 1×0, mas acabou eliminado na partida de volta, nas cobranças de pênaltis.
Com o segundo melhor desempenho do Campeonato Paraguaio do ano passado, o time auriazul, que é comandado por Diego Gavilán, conseguiu a vaga na Libertadores. O ex-jogador tem passagens pelo futebol brasileiro, principalmente em Grêmio e Internacional. Antes de chegar à terceira etapa do torneio, o Capiatá eliminou o Deportivo Táchira, da Venezuela e, por último, o Universitario, do Peru, inclusive goleando o adversário por 3×0, fora de casa, depois de perder por 3×1 jogando em casa.
Apesar de ter sido derrotado pelo Universitario dentro de casa na última eliminatória, o estádio Erico Galeano é uma das armas da equipe paraguaia. É um alçapão, com capacidade para apenas 14.500 torcedores. Por isso, o Deportivo Capiatá, que pela primeira vez nessa Libertadores jogará o primeiro duelo fora de casa, aposta em um bom resultado. E decidir a classificação para a fase de grupos dentro dos seus domínios.
Menos grana
O adversário atleticano é bem mais modesto do que o Millonarios, da Colômbia, equipe que foi bastante elogiada pelo técnico Paulo Autuori. O treinador rubro-negro prevê dificuldades contra o Deportivo Capiatá. Mas ressaltou que o futebol paraguaio é diferente e menos qualificado com relação ao futebol colombiano.
“Sabemos das dificuldades que teremos, por enfrentar um time paraguaio. Normalmente times paraguaios não tem a mesma qualidade dos colombianos. São diferentes. Mas os paraguaios tem algo que os colombianos não têm, que é a entrega em todo jogo. Tanto os clubes, quanto as seleções. Estão acostumados a jogar em transição e os torcedores entendem isso, e foi assim que conseguiram classificar. Então, aguardamos dificuldades”, resumiu Autuori.