Não sai

Autuori conhece “outro lado” do Atlético, mas garante que continua no clube

Autuori não ficou satisfeito com as perdas de Vinícius e Walter. Foto: Aniele Nascimento
Autuori não ficou satisfeito com as perdas de Vinícius e Walter. Foto: Aniele Nascimento

Havia muita expectativa para a entrevista de Paulo Autuori na manhã desta sexta-feira (19). Qual seria a opinião dele sobre tudo que aconteceu nos últimos dias – ele perdeu seu elo com a diretoria, Paulo Carneiro; perdeu o único articulador do elenco, Vinícius; e perdeu seu principal jogador, Walter. Sincero como sempre é, o treinador não estava feliz quando foi conversar com os jornalistas. Mas mesmo chateado com o que aconteceu, Autuori não falou em sair do Atlético, e sim de encontrar soluções para manter o time na briga por uma vaga na Libertadores, inclusive no difícil jogo contra o Atlético-MG, domingo (21), às 11h, no estádio Independência, em Belo Horizonte.

Por mais que o técnico quisesse falar sobre outros assuntos (e a assessoria do clube também), o tema da entrevista foi a crise interna. Autuori admitiu que não ficou satisfeito com as saídas de Vinícius e Walter. “Ao longo do processo em que cá estou, perdemos alguns jogadores, né? O grupo, como um todo, soube superar isso. Repara bem que neste processo, deste grupo de trabalho, apenas 14 se mantêm. Então, é importante, para nós, a filosofia para que aqueles que entrem entendam e se adaptem o mais rápido possível e a equipe possa dar uma resposta positiva”, comentou o comandante rubro-negro.

As condições que levaram o Atlético (ou seu homem forte, Mário Celso Petraglia) a decidir não querer mais Walter e Vinícius no clube não foram discutidas pelo treinador. Para ele, esses são temas de interesse interno. ” Foi uma decisão que o clube teve. A situação em relação ao Walter já existe há algum tempo. Em algum momento, ele declarou vontade de sair. Em outros, não. E a coisa acabou acontecendo. Do Vinícius também, são situações que o clube definiu. A gente lamenta porque é difícil começar um processo e não poder acabar”, admitiu.

Ele e a torcida do Furacão esperam reforços. Os nomes citados desde o início da crise são os atacantes Luan, do Palmeiras, e Emerson Sheik, do Flamengo. Sem citar nomes, Paulo Autuori apenas disse que espera que a diretoria cumpra a promessa de repor as peças perdidas. “A vida segue. E certamente, o clube está trabalhando para a entrada de jogadores”, completou o técnico, misturando expectativa e desejo de ver o elenco reforçado.