Fora do G6

Atlético vai precisar se dar bem em casa, porque fora de casa a coisa tá feia

Pablo sofre com o gol do Grêmio. Ele até que tentou, mas foi pouco para o Atlético ter chances para empatar. Foto: Pedro H. Tesch/Estadão Conteúdo
Pablo sofre com o gol do Grêmio. Ele até que tentou, mas foi pouco para o Atlético ter chances para empatar. Foto: Pedro H. Tesch/Estadão Conteúdo

Fica um recado para o torcedor atleticano, antes de qualquer coisa. Sem você, torcedor, o Atlético corre risco de não se classificar para a Copa Libertadores de 2017. Porque só o rendimento dentro da Arena – ou na Vila Capanema, palco do Atletiba de domingo – será decisivo para o Furacão. Contar com os jogos fora de casa é cada vez mais difícil. Porque a história vai se repetindo partida após partida, e o resultado desse horrível rendimento longe de Curitiba é a saída do G6 após a derrota para o Grêmio por 1×0, ontem, em Porto Alegre.

Por sinal, esta é a sétima derrota seguida rubro-negra fora de casa. Nestes sete jogos, sofreu nove gols e não marcou nenhum. Construiu assim a segunda pior campanha do Campeonato Brasileiro longe de seus domínios – apenas o América-MG, virtual rebaixado desde a metade do primeiro turno, tem menos pontos fora do que o Atlético. Em quinze partidas, foram apenas duas vitórias, um empate e doze derrotas, marcando apenas oito gols e sofrendo 21. Aí nem a melhor campanha em casa segurou o Furacão no G6 após a rodada. O time agora é o oitavo colocado, tendo sido ultrapassado por Botafogo e pelo próprio Grêmio.

E que não se culpe Weverton pela derrota. Sim, ele falhou no lance do gol de Pedro Rocha, aos 46 minutos do primeiro tempo. O chute de Edílson desviou em Renan Lodi (que fez boa estreia no time profissional) e o camisa 12 do Atlético e da seleção brasileira tentou segurar e a bola escapou, ficando à mercê do atacante gremista. Em entrevista ao SporTV, ele fez a mesma avaliação: “A bola desviou no caminho, eu tentei segurar e acabei falhando”.

Se a sinceridade do goleiro rubro-negro se transformasse em bom futebol, quem sabe fosse até possível empatar. Mas o Atlético foi dominado o tempo todo pelo Grêmio, que se postou inicialmente marcando a saída de bola visitante e tentando sair em velocidade – justamente a forma que o Furacão sempre atua. Pego em sua armadilha, o time de Paulo Autuori não jogou. Apenas em alguns lampejos de Pablo e Lucho González a equipe chegou na frente, mas nada que assustasse o goleiro Bruno Grassi.

Do outro lado, Weverton trabalhou muito antes e depois de falhar no gol. Fez milagre em chutes de Ramiro e Luan. Viu o mesmo Luan, companheiro de seleção olímpica, acertar uma falta na trave. Douglas perdeu chance, Pedro Rocha perdeu chance, Everton perdeu chance, Ramiro perdeu chance. E o Atlético não perdeu chance nenhuma.

Não haveria outro resultado que não fosse a vitória do time gaúcho, definitivamente transformando o sempre motivado Atletiba em um jogo dramático, pois os dois times precisam vencer para atingirem seus objetivos no Brasileirão. Preparem-se para mais um clássico tenso neste domingo.