Mudou quase tudo

Atlético tem desvantagem em Atletibas no ano. Mas esse time não existe mais

No último Atletiba, Grafite ainda era jogador do Atlético. Muita coisa mudou no clube desde então. Foto: Marcelo Andrade

Atlético e Coritiba farão no dia 10 de setembro, domingo, às 11h, na Arena da Baixada, o quinto Atletiba da temporada. Até aqui, foram dois triunfos do Coxa, um empate e apenas uma vitória do Furacão, justamente no duelo que teve menor importância.

Enquanto o Alviverde venceu o primeiro jogo da final do Paranaense por 3×0, na Arena, e o duelo do primeiro turno do Brasileirão, por 1×0, no Couto Pereira. Já o empate, em 0x0, aconteceu na segunda final do Estadual, no Couto. O confronto que o Rubro-Negro levou a melhor foi o primeiro de 2017, na primeira fase do Paranaense, quando, com os reservas, bateu o rival por 2×0, em um jogo que ficou mais marcado pela transmissão nas redes sociais após a proibição da Federação Paranaense de Futebol (FPF).

Porém, de lá pra cá a situação atleticana mudou bastante. Principalmente nos personagens dentro de campo. Por conta de um primeiro semestre ruim, o clube foi atrás de reforços e tem praticamente um time novo nas últimas partidas. Da base titular atual, o lateral-esquerdo Fabrício, o volante Pavez, o meia Guilherme e o atacante Ribamar nem estavam no elenco. Em contrapartida, nomes como o volante Otávio, o meia Carlos Alberto e o atacante Grafite já foram embora.

As alterações no comando técnico também foram diversas. Bruno Pivetti, Paulo Autuori, duas vezes, e Eduardo Baptista comandaram o Atlético nos quatro primeiros jogos. O sucesso no clássico foi proporcional ao desempenho do time como um todo. Agora, Fabiano Soares fará sua estreia em um Atletiba. Até mesmo na diretoria as coisas estão diferentes.

Nova postura

Presidente do Conselho Deliberativo do Furacão, Mario Celso Petraglia pediu licença e está afastado das atividades no clube. O dirigente, é, talvez, o grande reflexo da rivalidade entre Rubro-Negro e Alviverde. Em 2011, quando anunciou que seria candidato à presidência atleticana, afirmou que um dos motivos para a volta era que os seus netinhos não aguentavam mais perder para o Coxa. No ano passado, essa marca até mudou, com o Atlético vencendo o Campeonato Paranaense em cima do rival. Mas este ano o desempenho caiu consideravelmente.

E na questão da diretoria, o relacionamento com o rival também é outro. Desde 2015, Furacão e Coritiba se mostravam unidos, negociando patrocinadores juntos, além de divulgarem o clássico de uma outra maneira. Uma lua de mel que durou dois anos. Com a Arena da Baixada cedida para a Liga Mundial de Vôlei, o Atlético contava com o Couto Pereira para jogar a Libertadores contra o Santos. Só que o empréstimo foi negado pelo Alviverde, que alegou a troca do gramado como um impedimento para receber os jogos.

Confira a tabela completa do Brasileirão!

Com isso, a relação entre os dois lados ficou estremecida, com a rivalidade da torcida, de certa forma, sendo repassada para as diretorias, que agora vivem um momento completamente diferente para este Atletiba.

Se no primeiro semestre o Coritiba vinha embalado na reta final do Estadual, mostrando superioridade na decisão, e no duelo pelo Brasileirão estava brigando pela liderança, enquanto o rival se afundava na zona de rebaixamento, agora é o Atlético quem está na ponta de cima da tabela, querendo entrar no G6, enquanto o Coxa pode entrar na zona da degola em caso de tropeço. Ou seja, uma vitória no dia 10 pode coroar esta nova fase atleticana.