Mais sorte que juízo

Atlético segue na briga por G7, mas ainda não mostrou qualidade pra isso

Em campo, Atlético não vem convencendo. Atuações não refletem nos resultados. Foto: Albari Rosa

Nono colocado, com 42 pontos, o Atlético vai fazendo um Campeonato Brasileiro com ‘mais sorte do que juízo’. Mesmo vivendo uma verdadeira turbulência e não conseguindo mostrar um bom futebol em campo, o Furacão segue na cola do Flamengo, sétimo colocando, e briga por uma vaga na Libertadores. No entanto, embora nos números a possibilidade exista e seja até alta, podendo até crescer se o G7 virar G9, é preciso melhorar o desempenho em campo.

Desde o início do Brasileirão, o Rubro-Negro já teve três técnicos – Paulo Autuori, Eduardo Baptista e Fabiano Soares -, mas só teve um breve momento de bom futebol, entre o final de julho e todo agosto, quando somou quatro vitórias seguidas e um empate e até entrou no G6. No mesmo período, foi eliminado pelo Santos nas oitavas de final da Libertadores, mas com uma atuação melhor que a do adversário, até chegando perto da vitória.

Antes, ainda com Eduardo Baptista, chegou a ter quatro triunfos seguidos também, e agora vem de sete pontos somados entre nove disputados. Mas sem convencer. Nos últimos jogos, mesmo quando venceu, teve dificuldades em campo e poucas vezes teve domínio em cima do adversário. Além de ser vulnerável na defesa.

Apesar de ter a oitava melhor defesa do Brasileirão, com 37 gols sofridos, o Atlético viu o empate em 0x0 com a Chapecoense, na rodada passada, acabar com uma sequência de nove jogos seguidos sendo vazado, levando 14 gols nestes confrontos.

Ainda assim, neste período somou 12 pontos, o que o deixou na briga pela Libertadores, mas o afastou do pelotão de cima. Na 22ª rodada, quando iniciou essa queda de produção, estava em oitavo lugar, mas apenas um ponto atrás da zona de classificação para a Libertadores. Agora, caiu apenas uma posição, mas viu a desvantagem subir para cinco pontos.

Confira a classificação completa do Brasileirão

Outro ponto que chama a atenção é o ataque, que marcou 12 gols nos últimos nove jogos, mas os atacantes não vêm se destacando. Diante de Coritiba, Atlético-GO e Chapecoense, por exemplo, a equipe viu seus atacantes pouco produzirem, apesar de a bola ter chego à frente. Tanto que o Furacão tem apenas o 12º melhor ataque do campeonato, com 37 gols marcados. Entre os dez primeiros colocados só está à frente do Vasco (31) e do Atlético-MG (36).

Números que mostram que o Rubro-Negro, aos trancos e barrancos, vai se mantendo próximo do pelotão de cima, mas não consegue vingar em campo, mostrando que se estivesse apresentando um futebol um pouco melhor, poderia até estar em uma posição um pouco mais confortável na tabela. O que terá que provar nestas últimas rodadas para chegar à Libertadores de 2018.