Não faz diferença

Atlético mostra mágoa com cobranças, principalmente sobre grama sintética

Weverton foi campeão paranaense, vice da Primeira Liga, medalha de ouro nos Jogos do Rio, convocado para a seleção principal. Foto: Pedro Serápio

A vitória por 2×0 sobre o Coritiba, na Vila Capanema, mostrou um Atlético um pouco magoado pelas críticas, principalmente pelo fato de o time não conseguir o mesmo desempenho dentro e fora da Arena da Baixada. Em algumas entrevistas coletivas, o técnico Paulo Autuori sempre ressaltou a atmosfera do estádio como decisiva, mas havia descartado o fato de que o gramado sintético vinha fazendo a diferença.

Assim que o Atletiba acabou, o goleiro Weverton desabafou e afirmou que a vitória fora do Joaquim Américo mostrou que o Furacão tem condições de jogar bem e ganhar em qualquer estádio.

“A vitória era importante porque tinha muitas coisas em jogo. Primeiro para a auto-estima do torcedor. Estamos de parabéns pela vitória incontestável. Queria muito vencer por dois motivos. Primeira pelas nossas pretensões pela vaga na Libertadores e depois para acabar com essa palhaçada de grama sintética. A gente entrou em campo e jogou pra c…, ganhou com propriedade e ganhamos com o Coritiba chutando uma bola em gol. Jogamos muito em um campo que não é nosso. Não tem essa de vantagem de jogar em grama sintética. Estava todo mundo esperando para falar isso”, disparou o arqueiro.

O auxiliar-técnico Bruno Pivetti, que deu entrevista coletiva após a partida após um problema familiar de Paulo Autuori, também ressaltou que o campo não vem sendo o diferencial para a equipe

“Essa polêmica não se justifica porque conhecemos muitos jogadores e treinadores que estão do outro lado. E é consenso que não existe diferença entre a grama sintética e natural que vai fazer ganharmos os jogos. Lógico que aumenta um pouco a velocidade do jogo, mas isso o atleta profissional consegue se adaptar com pouco tempo de jogo. Estamos ganhando em casa porque temos a melhor defesa, ideias de vanguarda de jogo e os jogadores compreendem a ideia”, disse ele.

O Rubro-Negro é o melhor mandante do Brasileirão, com 13 vitórias, dois empates e apenas uma derrota, totalizando 85,4% de aproveitamento. Por outro lado, é o quarto pior visitante, com apenas sete pontos, somando duas vitórias, um empate e 12 derrotas. Para Bruno Pivetti, o simples fato de se atuar dentro ou fora de casa não pode explicar as campanhas opostas.

“O futebol é algo complexo, nunca é um fator só. Temos que analisar caso a caso e jogo a jogo. Cada jogo tem uma história, não consigo elencar aqui porque estamos perdendo fora de casa. Existem vários fatores”, acrescentou o auxiliar.