Clima de tristeza

Atlético mostra abatimento com perda do título

Assim que o árbitro apitou o final do jogo, o clima no estádio Mário Helênio se dividiu. Como em qualquer final, de um lado, a festa dos campeões. Do outro, o abatimento pela derrota. Na saída, era nítido no rosto dos jogadores do Atlético a tristeza pela perda do título da Primeira Liga.

Segundo o meia-atacante Pablo, o foco dentro do clube era essa conquista, que teria um sabor especial por ser a primeira edição do torneio. “Desde o começo levamos a Primeira Liga a sério, era um campeonato inovador e entramos para ganhar. Sabíamos da qualidade deles, da forma deles jogarem, mas infelizmente demos o contra-ataque, que era o que eles queriam, e não conseguimos buscar”, apontou ele, que entrou no segundo tempo do jogo.

“O título serviria para consolidar nosso crescimento. Tivemos chances, não fizemos e eles aproveitaram”, completou o meia Marcos Guilherme.

O atacante Walter, que no primeiro tempo perdeu uma grande chance cara a cara com Diego Cavalieri, admitiu que o Furacão poderia ter resolvido a parada ainda na primeira etapa, quando, além da oportunidade do próprio camisa 18, Vinícius acertou o travessão e o Rubro-Negro pressionou o adversário. “Difícil falar. Tivemos chances de matar o jogo no primeiro tempo e não conseguimos”, resumiu ele.

“Foi um jogo igual, até sofrermos o gol a partida estava equilibrada, mas a equipe se comportou bem, teve chances, mas não posso sair daqui completamente insatisfeito. Queríamos muito ganhar, não foi possível, mas é assim o futebol”, avaliou o técnico Paulo Autuori

Confusão

Na comemoração do Fluminense, alguns torcedores invadiram o gramado e dentro do campo e nas arquibancadas. Para acalmar os ânimos, até o batalhão de choque da Polícia Militar precisou entrar em ação. Até por isso, os jogadores do Furacão, que iriam receber as medalhas de vice-campeões, e Weverton, goleiro menos vazado da Primeira Liga, acabaram se retirando para evitar um tumulto maior.

“Eu estava indo para o vestiário, mas começou a confusão, jogaram bomba de efeito moral alí, aí tivemos que vir para o lado do Fluminense. É lamentável o que aconteceu, mesmo com eles ganhando o jogo”, disse Marcos Guilherme.

“Os jogadores não puderam tomar nem banho. O futebol brasileiro parece várzea”, acrescentou Autuori