Soltou os cachorros

Atletiba? Pra Paulo Autuori, tá tudo errado, inclusive o jogo acontecer hoje

Autuori não gostou do clássico na Quarta-Feira de Cin

Unidos há dez dias quando decidiram peitar a Federação Paranaense de Futebol (FPF) e não jogarem o primeiro clássico Atletiba da temporada de 2017, Coritiba e Atlético parecem não estar tão vinculados como se pensa. Pelo menos nas palavras do técnico Paulo Autuori. O treinador rubro-negro criticou a marcação do duelo para esta Quarta-Feira de Cinzas (1), às 20h, na Arena da Baixada e criticou a postura alviverde neste acordo. O Coxa teria aceitado jogar nesta data, enquanto o Furacão havia optado por jogar o clássico em outra oportunidade.

“União para mim é quando você vai até o fim com aquilo que se decide e não rói a corda antes. Esse jogo não era para ser jogado. Não queríamos que o jogo fosse jogado amanhã (quarta) e já explicamos os porquês. União para mim é quando existe uma vontade férrea de mudar as coisas e não se para no meio do caminho”, disparou o comandante atleticano.

Paulo Autuori, como de costume nas suas entrevistas coletivas, aproveitou a oportunidade para criticar mais uma vez o futebol brasileiro. O treinador não enxerga justificativas para a marcação do maior clássico do futebol paranaense para uma Quarta-Feira de Cinzas e afirmou mais uma vez que estão vulgarizando o futebol nacional.

“Como estão vulgarizando o futebol. Cada dia se esmeram mais em fazer as coisas mais mal feitas. Fazer um Atletiba escondido, em uma quarta-feira de cinzas, às 20h, tem que ter muita luz para pensar uma coisa dessas. Há uma vulgarização e banalização do futebol. Não há a menor preocupação em melhorar a capacidade do espetáculo. É ridículo. Não tem clima de jogo como deveria ser o Atletiba”, criticou Autuori.

O Atletiba de hoje acontece somente dois dias depois da demissão do técnico Paulo César Carpegiani do comando do Coritiba. Autuori voltou a criticar o futebol brasileiro, só que desta vez citando a demissão do comandante alviverde como a vulgarização que o futebol nacional está atravessando.

“O meu limite com o futebol brasileiro está chegando, não tenho dúvida disso. Não se vê melhora. Não tem mais condições. Os estaduais estão sendo implodidos por eles próprios. Não há nada a fazer. O fato novo para o Atletiba é, infelizmente, que nesses dias de carnaval, mais um colega de profissão foi alijado do seu processo de trabalho (demissão de Carpegiani). Isso é uma vulgarização total”, pontuou o treinador.

Nada de novo

Para enfrentar o Coxa, na Arena da Baixada, Paulo Autuori, apesar da mudança no comando técnico, não acredita que o Coritiba deverá apresentar mudanças mais contundentes na sua forma de atuar. O treinador lembrou que, em 2016, o Atlético já enfrentou o Coritiba sob o comando de Pachequinho, mas acredita que o tempo é muito curto para se mudar.

“É só parar e olhar para trás. Ir ao nosso arquivo e pegar momentos do Pachequinho como treinador do Coritiba. Conosco mesmo, contra nós, ver as idéias que tem. É muito pouco tempo para mudar. Não tem o que fazer. Tem a ver com a inspiração e qualidade individual dos jogadores. Não existe clima de Atletiba, mas vamos em frente. Os protagonistas serão os mesmos, inclusive o trio de arbitragem. Vamos jogar”, concluiu o comandante atleticano.