O Atlético terá força total para enfrentar o Pachuca, amanhã, pela semifinal da Copa Sul-Americana.
O Furacão chegou na manhã de ontem ao México e recebeu logo uma boa notícia. João Leonardo está recuperado de uma contusão e volta a formar a dupla de zaga titular ao lado de Danilo.
Fora da primeira partida contra os mexicanos e do duelo contra o São Paulo, João assistiu o time sofrer com as falhas da defesa. Agora, ele diz que está pronto para arrumar a cozinha atleticana. ?Fiz o teste e já estou bem melhor. Senti uma dor bem leve, o que é normal, mas nada que me atrapalhe?, garante.
O Rubro-Negro treinou na tarde de ontem do CT do Pachuca e o técnico Vadão já tem a equipe definida.
Outra mudança em relação ao time que jogou no último domingo é o retorno de Jancarlos à lateral-direita. Poupado da partida contra o tricolor paulista, sua presença é esperança de gols nas cobranças de falta. No jogo de volta contra o River Plate, nas oitavas-de-final, ele marcou duas vezes, garantindo a classificação. Contra o Pachuca, na Kyocera Arena, não teve a mesma sorte e carimbou a trave.
A volta dos dois titulares deixa o Furacão ainda mais confiante de que pode reverter a vantagem mexicana. Após vencer por 1 a 0 na Baixada, os ?Tuzos? jogam por um empate para chegar à final. ?O Pachuca sabe que não jogaremos tão mal novamente. Em casa, eles vão querer repetir a vitória. Temos que ter muita atenção, não dar espaços e sair rápido da marcação, para conseguir os espaços e usarmos nosso forte, que é a velocidade?, diz o lateral Michel.
Mesmo com os mexicanos jogando pelo empate, ninguém no elenco rubro-negro acredita em um adversário retrancado. ?Eles vão buscar os gols.
A vitória de 1 a 0 não diz que eles já estão na outra fase. Vão tocar a bola e tentar fazer um gol, para ter tranqüilidade.
O Atlético tem que fazer o mesmo que fez contra o São Paulo, marcando forte e saindo nos contra-ataques?, diz David Ferreira, o dono da camisa 10 rubro-negra.
A torcida atleticana terá que enfrentar a madrugada para acompanhar o Furacão.
A Confederação Sul-Americana (Conmebol), mudou o horário da partida, atrasando o jogo em 45 minutos, para as 20h do horário mexicano. Ou seja, à meia-noite no Brasil.
A alteração foi um pedido da Rede Paranaense de Comunicação, que transmite o jogo ao vivo para todo o Paraná.
Altitude não preocupa comissão técnica
O Atlético terá mais um obstáculo em busca da vaga na final da Sul-Americana. A cidade de Pachuca está situada a 2.500 metros acima do nível do mar, mas a considerável diferença em relação aos 934m de Curitiba não preocupa a comissão técnica e os jogadores rubro-negros.
Não preocupa mais, porque o Furacão tomou todas as precauções para não sofrer com a altitude. ?Fizemos um trabalho completo durante a semana, visando esse problema. Sabemos que complica um pouco, mas não é uma altitude que vai interferir tanto em nosso rendimento?, garante o lateral Michel.
O preparador físico Walter Grassmann revela como foi feita a blindagem rubro-negra contra os efeitos do ar rarefeito. ?Fizemos um trabalho de exercícios inalando a mesma quantidade de oxigênio que temos em Pachuca. Em Curitiba, 21% de todo o ar inalado é oxigênio. Em Pachuca, nos deparamos com 19,5%. Cada atleta fez esse trabalho antes e após os treinamentos, por 20 minutos?, explica.
Grassmann assegura que a equipe também não terá problemas de desgaste físico.
?A equipe está bem condicionada e vai suportar bem o ritmo intenso da partida. Estamos preparados para isso. Também vamos nos defrontar com uma temperatura bem baixa, mas isso não será um obstáculo tão grande assim. Nosso maior adversário é o time do Pachuca e é com isso que temos de nos preocupar?, avisa.
A previsão é de tempo bom no horário da partida. Mas a temperatura não deve passar da casa dos seis graus.