Atlético troca de interino para ver se conserta o time

Era esperado para ontem um sacudidão geral no CT do Caju para reanimar o time do Atlético, que não vence há quatro jogos. A torcida já começa a pedir mudanças na diretoria e no elenco, a contratação de um técnico à altura do clube e reforços para o nacional, sem falar no preço do ingresso.

Por enquanto, apenas uma sacudidela. O técnico interino Júlio Piza foi demitido e o treinador dos juniores, Lio Evaristo, foi chamado às pressas para dirigir o Rubro-Negro contra o Paysandu, enquanto a diretoria corre atrás de alguém disposto a tocar o barco no restante do campeonato brasileiro.

O novo interino (apesar de ele não gostar dessa denominação) tem carisma com o elenco, o apoio de todos no centro de treinamento, tem no currículo a conquista da Dallas Cup com os juniores e o retrospecto de ter vencido a única partida que disputou dirigindo a equipe principal. Uma luz a mais para a torcida, que já não agüenta mais ver seu time tão mal em campo e passando vexames desde a perda do campeonato paranaense.

Mesmo assim, a presença dele no banco de reservas contra o Papão mostra a fragilidade do cargo no clube. De 1985 para cá, o Atlético somou 72 treinadores no comando da equipe. Uma média de 3,6 profissionais por ano. Se for considerado apenas os últimos cinco anos, essa média sobe para 4 profissionais por ano. A receita, é verdade, trouxe um tricampeonato estadual para o clube e a estrela dourada do brasileiro. No entanto, de 2002 para cá, o clube não ganhou mais nada, mesmo com o excessivo troca-troca de treinadores.

Levir deve ser anunciado hoje no Atlético

Após receber um “não” de Paulo Bonamigo (Atlético/MG), Cuca (São Paulo) e Zetti (Paulista) e sem condições de bancar Vanderlei Luxemburgo ou Tite, as baterias da diretoria do Atlético se voltam para a possibilidade da contratação de Levir Culpi, que já treinou o Furacão em 1986. As conversas foram iniciadas ontem pela manhã em São Paulo, mas as negociações emperram nas exigências feitas pelo ex-profissional do Botafogo. O treinador pretende trazer a sua comissão técnica enquanto o clube quer montar a sua própria.

Apesar disso, um meio-termo pode ser encontrado e Levir anunciado ainda hoje como o novo comandante do Atlético. O salário dele também não é baixo, mas o clube deve abrir o cofre para evitar novos vexames no Brasileirão. Segundo apurou a Tribuna, Levir já está ciente da situação do Rubro-Negro e está estudando bem a proposta.

A tendência é de que ele pegue o comando do time na próxima segunda-feira, após o Atletiba de domingo. Como o time terá pouco tempo para treinar nesta semana, ele evitaria um desgaste de enfrentar um clássico logo de cara. Ontem mesmo, ele já estava em Curitiba, junto da família. Atendeu a imprensa carioca pelo telefone, mas não quis papo com repórteres nativos. Viriam com ele os auxiliares Tico e Luiz Matter e o preparador físico Rodolfo Mehl.

Mexida

A chegada de Levir seria a sacudida que o time precisaria para reanimar no nacional. Esse anúncio era esperado para ontem, já que a torcida já começa a pedir mudanças na diretoria e no elenco, a contratação de um técnico à altura do clube e reforços, sem falar no preço no ingresso. Por enquanto, apenas uma sacudidela. O técnico interino Júlio Piza foi demitido e o treinador dos juniores, Lio Evaristo, foi chamado às pressas para dirigir o Rubro-Negro contra o Paysandu enquanto a diretoria corre atrás de alguém disposto a tocar o barco no restante do campeonato brasileiro.

A presença de Lio no banco de reservas contra o Papão mostra a fragilidade do cargo no clube. De 1985 para cá, o Atlético somou 72 treinadores no comando da equipe. Uma média de 3,6 profissionais por ano. Se forem considerado apenas os últimos cinco anos, essa média sobe para 4 profissionais por ano. A receita, é verdade, trouxe um tricampeonato estadual para o clube e a estrela dourada do Brasileiro. No entanto, de 2002 para cá, o clube não ganhou mais nada, mesmo com o excessivo troca-troca de treinadores.

Cada jogador vai atuar na sua posição

Chega de invenções! Mesmo simples e humilde, o técnico do Atlético para a partida contra o Paysandu, Lio Evaristo, promete acabar com as improvisações que o time vinha sofrendo com Mário Sérgio e Júlio Piza para afastar a crise que se instalou na Baixada. Na ótica do treinador, zagueiro é zagueiro, lateral é lateral, meia é meia e atacante é atacante. Além disso, ele não quer abrir mão da experiência e já confirmou o zagueiro Fabiano na equipe, que deverá ter alterações táticas.

“Já conversei com eles, estou fazendo um trabalho individual, tetê-a-tetê, olho no olho, com eles expondo o que eles acham, o que estão sentindo, porque isso é fundamental”, aponta Lio. Segundo ele, não é mais momento de brigar e sim de aparar as arestas. “Eles estão treinados, fizeram uma boa pré-temporada e o momento é de diálogo, conversar frente a frente com todos eles”, destaca.

Com o objetivo de mostrar serviço e, quem sabe seguir em frente, Lio já anunciou que fará alterações táticas. O anúncio do time que enfrentará o Paysandu (às 20h30 de amanhã, no Mangueirão) só sai no treinamento que a equipe realiza em Belém hoje à tarde (a delegação viajou ontem para o Pará).

Confirmada mesmo só a presença de Fabiano. Lio quer a experiência do zagueiro, pouco utilizado pelos antecessores, no time, para melhorar o equilíbrio emocional do time. Além dele, André Luís também deve ganhar a condição de titular, já que é o único para a ala ou lateral direita. O provável time para amanhã deverá ter Diego; Alessandro Lopes, Fabiano e Ígor; André Luís, Alan Bahia, Fernandinho, Jádson e Marcão; Ilan e Dagoberto.

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