Atlético tenta se salvar da crise contra o Bahia

A intenção era dar uma arrancada em direção aos primeiros postos e terminar o primeiro turno entre os oito primeiros do campeonato brasileiro. Agora, o time entra em campo, amanhã, contra o Bahia (às 16h, na Arena) para fugir do fantasma do rebaixamento e para salvar a pele do técnico Osvaldo Alvares, que veio para comandar o time num momento de transição, mas não vem agradando os torcedores. Para piorar a situação, o treinador não poderá contar com o artilheiro Ilan, que mais uma vez cumprirá suspensão automática. Em compensação, terá as voltas de Alessandro e Dagoberto apesar de mais uma vez não conseguir repetir uma equipe em rodadas subsequentes na competição.

Nesse clima, o Rubro-Negro encara os baianos com a necessidade dos três pontos para tentar afastar a crise que volta a pairar sobre as cabeças atleticanas. A fase está tão ruim que, ontem, no retorno de São Paulo (após o time perder para o tricolor paulista por 2 a 0) o vôo atrasou cerca de três horas e o treinamento da tarde foi cancelado (estava previsto para às 15h30), apesar de toda a delegação ter chegado em Curitiba em tempo de cumprir a programação. A reportagem da Tribuna esteve no CT do Caju por volta das 15h10 e, para surpresa geral, jogadores e comissão técnica haviam sido dispensados.

Hoje, o único trabalho está previsto para às 9h e o comandante do Furacão terá que remontar a equipe para enfrentar o tricolor baiano dessa vez. O lateral-direito Alessandro e o atacante Dagoberto estão confirmados. O primeiro entra no lugar de David e o segundo substitui Ilan, suspenso. As demais posições deverão ser as mesmas que há três jogos não vencem nem marcam gol, até porque Vadão só vê jogador indo embora e nenhuma contratação ser feita para reforçar o time no restante do Brasileirão. Nem o atacante Lê e o meia Nélio devem ganhar uma oportunidade. O primeiro não tem tido vez com o treinador e o segundo nem teve a papelada regularizada.

Apesar de tudo isso, o diretor de futebol Alberto Maculan justifica os péssimos resultados como fruto da reformulação que o clube vem passando. “Ninguém muda um time do dia para a noite”, aponta, dizendo que nas próximas temporadas a tendência é o Atlético voltar a crescer. Para ele, a equipe se portou bem no Morumbi e não venceu porque “faltou sorte”. “Eu não gosto de usar essa expressão, falta de sorte, mas o time teve várias chances de gol e a bola não entrou”, destaca. Mais do que nunca, as conversas e a sessão lavanderia voltam à rotina do CT do Caju e mais reuniões devem ser marcadas. “Conversas sempre têm, para elogiar ou para puxar a orelha”, completa.

Jamelli poderá vir. Alex é questão de horas

Para acalmar os ânimos da torcida, a direção atleticana deverá fazer de tudo para anunciar até amanhã a volta do herói do título de 2001, o atacante Alex Mineiro. O artilheiro estava emprestado ao Tigres, do México, rescindiu o contrato com os mexicanos e quer voltar a jogar no Rubro-Negro. Além dele, o clube deve investir no reempréstimo de Adriano e na possibilidade de mais um jogador para a meia-cancha. O ex-Zaragoza Paulo Jamelli foi oferecido e pode ser o nome para justar o meio-campo rubro-negro.

Segundo o diretor de futebol, Alberto Maculan, o retorno do artilheiro Alex Mineiro está bem encaminhado e pode ser finalizado hoje, quando ele aterrissa em Curitiba. “É só combinar com o jogador que tinha dinheiro para receber do Tigres”, disse em entrevista à Rádio Banda B. Para o dirigente, o jogador só pode jogar no Rubro-Negro e o clube não vai liberá-lo para nenhum adversário do campeonato brasileiro. Uma cláusula no contrato dá ao Atlético o poder de veto para a ida do jogador para outro clube nacional.

No entanto, a versão do procurador do jogador, Haroldo Carlos Amorim, é diferente. “Nós vamos conversar e acredito que possamos chegar a um acordo”, revela à Tribuna. De acordo com o procurador, quem deve é o Atlético, que ainda não teria cumprido com todas as obrigações na ida de Alex para o México. Com isso, para voltar à Baixada, Amorim vai exigir garantias de que o artilheiro não tenha mais problemas com o clube. “Nós não vamos mais fazer leilão. O Alex gosta muito do Atlético, mas já tem 28 anos e precisa pensar no lado profissional. Tem várias equipes que também querem ele e nós temos que ver o que é melhor nesse momento”, garante.

Já o caso do meia Jamelli depende da volta do presidente Mário Celso Petraglia, que também vai negociar o reempréstimo de Gabiru com o Olympique de Marselha. O jogador encerrou o contrato com o Zaragoza e está de volta ao país. Aos 29 anos, seis deles passados no exterior, ele quer retornar ao país e está sendo oferecido a vários clubes, inclusive o Atlético. Ele despontou nacionalmente ao defender o Santos no começo dos anos 90 e chegou até a disputar a polêmica final de 1995, quando os santistas perderam para o Botafogo.

Desculpa é a reformulação

Apesar da iminentes crise da qual se aproxima o Atlético, o diretor de futebol Alberto Maculan justifica os péssimos resultados como fruto da reformulação que o clube vem passando. “Ninguém muda um time do dia para a noite. Daqui a um ano teremos uma equipe praticamente montada”, aponta, dizendo que nas próximas temporadas a tendência é o Atlético voltar a crescer. Para ele, a equipe se portou bem no Morumbi e não venceu porque “faltou sorte”. “Eu não gosto de usar essa expressão, falta de sorte, mas o time teve várias chances de gol e a bola não entrou”, destaca. Mais do que nunca, as conversas e a sessão lavanderia voltam à rotina do CT do Caju e mais reuniões devem ser marcadas. “Conversas sempre têm, para elogiar ou para puxar a orelha”, completa. Além do papo, Maculan aposta nas voltas de Adriano e Alex Mineiro para aumentar o poder de reação do time.

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