O Atlético enfrenta o Botafogo, hoje, às 16h, no Engenhão, em um jogo decisivo na briga pelos primeiros lugares da tabela – o Furacão tem 37 pontos e o Botafogo, 39.
A vitória e, consequentemente, uma sequência à boa fase, ganhou ainda mais peso com o anúncio da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), na semana passada, de reduzir as vagas brasileiras na Copa Libertadores, transformando o G4 em G3 no Campeonato Brasileiro.
E a dificuldade que a Conmebol criou aos clubes que almejam o G4 coloca em evidência novamente a dependência de Paulo Baier na equipe. No jogo contra o Internacional na última rodada, foi uma cobrança de falta do meia que garantiu a vitória na Baixada.
Assim, contrariamente ao que vinha fazendo, Paulo César Carpegiani relacionou Paulo Baier para a partida e deve utilizá-lo mesmo que seja apenas na segunda etapa.
O meia tem sido poupado em alguns jogos, por precaução. Próximo de completar 36 anos, Paulo, que conquistou a confiança da torcida no ano passado, tem ganhado algumas rodadas para descansar e se recuperar fisicamente.
O próprio jogador reconhece que precisa de um descanso, por estar, como ele mesmo diz, “velhinho”, mas ao mesmo tempo garante estar preparado para uma sequência de jogos quando for necessário e relacionado pelo treinador.
Carpegiani tem poupado Baier principalmente nos jogos fora de casa, por apostar na necessidade e na força do jogador em jogos na Arena da Baixada, mas já tinha alertado que poderia mudar a postura quando achasse necessário.
Os jogadores, que já admitiram ter “aprendido” a jogar sem o maestro do time, reconhecem que ele faz a diferença, dando mais corpo ao meio-de-campo e facilitando as finalizações, fundamento que Carpegiani tem exigido melhora.
Um dos jogadores a admitir a maior qualidade da equipe com Baier é o artilheiro Bruno Mineiro, que se sente mais seguro com o capitão em campo. “O Paulo é muito inteligente, (muda) sem esse meia que é criativo, que sabe onde colocar essa bola. Sem ele tem que ser um jogo mais rápido. Ele sabe onde colocar a bola. O Paulo não corre, faz a bola correr e chegar até nós”, explicou Bruno Mineiro.
Com a saída de Baier, Maikon Leite, companheiro de ataque de Bruno, fica preocupado com a bola parada, um dos pontos mais fortes da equipe. “Na bola parada, ele tem uma inteligência fora do normal. Se o Guerrón entrar, o jogo fica mais rápido, mas seja lá quem for que entrar, muda a bola parada e vamos perder um pouco”, reconheceu o atacante.
Sem Baier e sem Netinho, outra referência em bolas paradas no time, nas próximas rodadas o Atlético pode ganhar um novo batedor. Segundo, Maikon Leite, Branquinho vem treinando para assumir o posto nas ausências de Baier.
Série A – 25.ª Rodada
Botafogo
Jefferson; Fahel, Leandro Guerreiro e Fábio Ferreira; Alessandro, Túlio Souza, Somália, Lúcio Flávio e Marcelo Cordeiro; Jóbson e Edno. Técnico: Joel Santana
Atlético
Neto; Wagner Diniz (Élder Granja), Manoel, Rhodolfo e Paulinho; Victor, Chico, Branquinho e Guerrón (Paulo Baier); Bruno Mineiro e Maikon Leite. Técnico: Paulo César Carpegiani
Local: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Hora: 16h
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (FIFA/MG).
Assistentes: Márcia L. Caetano (RO) e Helberth Costa Andrade (MG).
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Confrontos
30 jogos
14 vitórias do Atlético
5 empates
11 vitórias do Botafogo
42 gols do Atlético
42 gols do Botafogo
Último confronto
O Atlético ganhou de virada, por 3 a 2, o jogo com o Botafogo no 1º turno do Brasileirão-2010. O Bota abriu 2 a 0, mas o capitão Paulo Baier marcou os dois primeiros e Alex Mineiro, que já não está mais no clube, garantiu a vitória. O jogo também marcou a estreia de Carpegiani no comando do Furacão.