Atlético sofre com fraco desempenho do ataque

Nesta reta final de campeonato, a matemática do Atlético é de fácil compreensão. Para fugir do risco da Segundona, basta o time voltar a vencer e somar pontos até alcançar o número mágico que impede a degola: entre 43 e 45 pontos (estimativa). Para lograr êxito neste objetivo, tem 10 compromissos pela frente e só depende de suas forças.

Entretanto, para vencer jogos, o Rubro-Negro precisa, obviamente, marcar mais gols do que sofrer. E é exatamente nesse quesito que “o bicho pega”. Atualmente, o ataque do Furacão não tem funcionado.

O setor, inclusive, foi alvo de críticas por parte do treinador Geninho, pois em Santos sequer incomodou o goleiro adversário. E o problema com o poderio ofensivo vem se arrastando há meses e precisa ser urgentemente contornado.

“Temos que procurar e achar soluções porque sábado (contra o Fluminense) é jogo para ganhar. Não podemos perder pontos dentro de casa porque é concorrente direto”, afirmou Geninho.

Fraqueza

Os números têm castigado o Atlético e se revelam assustadores para comissão técnica e torcida. Em 28 rodadas, a equipe marcou 27 gols – média menor do que um por jogo – e é o pior do Brasileirão. Mas a situação é mais preocupante que isso.

Do total de partidas, em 13 delas -ou seja 46,5% das vezes – o time não balançou a rede adversária. Em 11 jogos, marcou um tento e somente por quatro oportunidades assinalou dois ou mais gols.

A fase do ataque é tão ruim que o artilheiro atleticano no Brasileirão é um volante – Alan Bahia, com seis gols. Os jogadores de ofício estão com baixa produtividade para a posição (quadro).

Um dos motivos para o fraco aproveitamento é o constante entra-e-sai de atacantes na equipe, normalmente devido a contusões. Com a alta rotatividade, os jogadores não ganham seqüência de jogos. Outra razão é a falta de criatividade do meio-campo, que não consegue criar jogadas e alimentar o ataque com eficiência.

Alternativas

A indefinição de uma dupla de ataque persiste até os dias atuais e passa pelo departamento médico, já que dois atacantes permanecem em tratamento. Júlio César, com lesão no tendão-de-aquiles, e Rafael Moura, que trata de uma lesão na coxa. He-Man é dúvida para o fim de semana. Júlio só retorna no próximo mês.

Se os dois avantes estão no DM, outro ganhou condições de jogo. Após 13 rodadas, Joãozinho voltou contra o Santos por alguns minutos e deve ser aproveitado diante do Fluminense. O atleta se diz pronto para ajudar. “Depois de três meses, voltar a jogar é muito bom e o importante agora é trabalhar para auxiliar o Atlético”, comentou.

Para o experiente atacante o momento é de união total para tirar o Furacão dessa situação incômoda e passar por cima de eventuais desentendimentos entre jogadores.

“Esse momento é de união. O que tiver de ser feito é entre a gente e não expressar a público, para o torcedor. Porque senão atrapalha o ambiente de trabalho (…) Importante é não falar mais nada. Jogador tem que jogar futebol dentro de campo. Independente se alguém gosta ou não do outro, agora tem que unir todo mundo para tirar o clube dessa situação”, analisou Joãozinho que atuou pouco neste ano, em virtude das contusões. Participou de sete jogos e marcou apenas um gol.