Atlético salvou a campanha no apagar das luzes

O Atlético encarou o campeonato estadual como uma espécie de laboratório, tanto que dividiu o grupo principal em dois. A turma considerada titular iniciou a pré-temporada e só entrou em campo em fevereiro, contra o Nacional de Rolândia. Depois jogava apenas partidas consideradas importantes porque queria se preservar para a Copa do Brasil. Assim, o time B ficou incumbido de classificar o Atlético para a 2.ª fase do Estadual.

Quando o elenco principal reassumiu a esponsabilidade, o que se viu foi um amontoado de jogadores sem padrão de jogo definido. Devido ao baixo nível técnico dos adversários, o Rubro-Negro até conseguiu aplicar algumas goleadas, mas nunca empolgou. A maior delas foi contra o Iguaçu – 8 a 0 na Arena.

Depois de uma seqüência desastrosa de empates, o Furacão conseguiu chegar à semifinal da competição.

A vaga para chegar à decisão foi disputada contra o Paraná, em dois jogos. No primeiro deles, na Vila Capanema, um empate dramático e sem gols. Nesse jogo, o goleiro Cléber foi expulso e o lateral Nei foi deslocado para defender a meta atleticana. Com o bom resultado na casa do adversário, bastava ao Furacão vencer em casa e garantir mais uma final de campeonato paranaense. Mas o dia 22 de abril entrou para a história do futebol estadual. O Paraná, que nunca havia vencido o rival na Arena da Baixada, aplicou um merecido 3 a 1 e fez a festa.

O inesperado resultado deu tanta autoconfiança ao Paraná que na decisão sucumbiu diante do Paranavaí, em seu próprio estádio. 2007, ano de festa no interior.

Torcida empurrou Atlético só até as quartas

Foto: Valquir Aureliano
Contra o Vitória, massa rubro-negra foi decisiva. Depois, deu Flu.

Principal objetivo do Atlético no 1.º semestre, a Copa do Brasil foi frustrante para o torcedor rubro-negro. Desde o início do ano, todo o planejamento do clube foi voltado para a conquista da competição e o retorno à disputa da Copa Libertadores.

Na 1.ª fase, diante do desconhecido Coxim, o Furacão fez seu papel e despachou o adversário sem a necessidade do jogo de volta. Entretanto, a partir daí, o Atlético sofreu para prosseguir no campeonato e só avançou graças ao apoio do torcedor. Contra o Vitória, na Arena da Baixada, fez um dos jogos mais emocionantes do ano.

O time comandando por Vadão precisava vencer por três gols de diferença, porque havia sido humilhado em Salvador, perdendo por 4 a 1. A torcida fez a sua parte. Lotou o estádio e fez a festa de incentivo.

A equipe correspondeu e, pela primeira vez no ano, demonstrou que a união com o torcedor torna o Atlético quase invencível na Arena.

Mas a lição aprendida contra o Vitória não foi suficiente. Novamente, o Furacão sofreu para desclassificar o Atlético Goianiense e passar à próxima fase. A euforia tomou conta da equipe paranaense, que já se projetava na semifinal e, quem sabe, como finalista da Copa do Brasil.

Mas no caminho estava o Fluminense e o Atlético vacilou. No primeiro jogo, no Maracanã, o Furacão se comportou bem e saiu com um ótimo resultado (1 a 1). Mas, em casa, a falta de vontade de vencer fez o clube repetir o fracasso da semifinal do Paranaense. Eliminado em seu próprio estádio, o Atlético viu o competente Fluminense seguir em frente e conquistar sua vaga à Libertadores de 2008.

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